- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a equiparação de facções criminosas a grupos terroristas durante seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025.
- A declaração gerou reações polarizadas nas redes sociais, com aliados celebrando sua defesa da soberania nacional e opositores expressando preocupação com a posição do governo.
- O deputado Nikolas Ferreira anunciou que trabalhará para aprovar um projeto que busca essa equiparação, afirmando que o governo Lula se opõe à classificação.
- Lula argumentou que a cooperação internacional é essencial para combater o tráfico de drogas e expressou receio de que a equiparação sirva como pretexto para intervenções militares na América Latina.
- Além disso, o presidente abordou a necessidade de regulamentação das redes sociais para combater discursos de ódio e proteger a democracia.
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia-Geral da ONU de 2025, realizado nesta terça-feira, gerou intensas reações nas redes sociais. Lula criticou a equiparação de facções criminosas a grupos terroristas, um tema que polarizou opiniões entre aliados e opositores.
Aliados de Lula celebraram sua defesa da soberania nacional e as críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em contrapartida, opositores, como o deputado Nikolas Ferreira, destacaram a preocupação do presidente com a tentativa dos Estados Unidos de classificar facções como terroristas. Ferreira anunciou que trabalhará para aprovar um projeto que busca essa equiparação, afirmando que o governo Lula se opõe a essa classificação.
Reações Opositoras
O deputado Marcel Van Hattem acusou Lula de “defender bandidos” ao rejeitar a equiparação. Em seu discurso, Lula argumentou que a cooperação internacional é a melhor forma de combater o tráfico de drogas, enfatizando a necessidade de reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas. O presidente expressou preocupação de que essa equiparação sirva como pretexto para intervenções militares na América Latina, especialmente por parte dos EUA.
Parlamentares da base governista, como a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, exaltaram a postura de Lula, que, segundo ela, defendeu a soberania do Brasil. O ex-deputado Marcelo Freixo também elogiou o discurso, afirmando que Lula reafirma a democracia e a independência do país.
Temas Abordados
Além da crítica à política externa dos EUA, Lula abordou a necessidade de regulamentação das redes sociais para combater discursos de ódio e proteger a democracia. A deputada Dandara Tonantzin destacou que regulamentar as mídias não é censura, mas uma medida necessária para garantir um espaço digital democrático.
O discurso de Lula na ONU, portanto, não apenas reafirma sua posição em relação à segurança pública, mas também busca posicionar o Brasil em um contexto internacional de multilateralismo e respeito à soberania nacional.