- O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, solicitou a rescisão do contrato com a Sustenidos, gestora do Theatro Municipal.
- A decisão ocorreu após um funcionário da Sustenidos celebrar a morte do influenciador Charlie Kirk.
- A Sustenidos enfrenta críticas desde 2021 por sua programação artística considerada ideologicamente tendenciosa por vereadores conservadores.
- O Tribunal de Contas do Município (TCM) já havia apontado irregularidades na contratação da Sustenidos e exigiu explicações da Prefeitura em 48 horas.
- A Sustenidos anunciou que irá recorrer da decisão e afirmou que o funcionário foi afastado.
A rescisão do contrato entre a Prefeitura de São Paulo e a Sustenidos, gestora do Theatro Municipal, foi solicitada pelo prefeito Ricardo Nunes na última sexta-feira. A decisão surge após um funcionário da Sustenidos ter celebrado a morte do influenciador Charlie Kirk, gerando polêmica e pressão política.
Desde 2021, a Sustenidos tem enfrentado críticas por sua programação artística, que muitos vereadores conservadores consideram ideologicamente tendenciosa. Nunes afirmou que a rescisão é resultado de uma falha na gestão, reconhecendo que o Tribunal de Contas do Município (TCM) já havia apontado irregularidades na contratação da organização. O TCM exigiu explicações da Prefeitura em um prazo de 48 horas.
A Sustenidos, por sua vez, anunciou que pretende recorrer da decisão. Em nota, a organização destacou que o funcionário foi afastado, mas a demissão não ocorreu na velocidade esperada devido à complexidade da situação. As diretoras Alessandra Costa e Andrea Caruso Saturnino não atenderam a pedidos de entrevista, mas reafirmaram o compromisso da Sustenidos com a arte apartidária.
Críticas e Controvérsias
A gestão da Sustenidos tem sido marcada por montagens polêmicas, como a recente encenação de “Don Giovanni”, que incluiu diálogos críticos à política atual. Artistas e profissionais da música clássica expressaram descontentamento com a direção artística, alegando que a ideologização das obras comprometeu a integridade das produções.
Além disso, a Sustenidos enfrentou insatisfações internas, com denúncias de sucateamento e preocupações sobre a qualificação dos músicos. A atual crise reabre o debate sobre o modelo de gestão ideal para o Theatro Municipal, com vozes de diferentes espectros políticos pedindo uma gestão mais direta do poder público.
Se a rescisão for efetivada, Nunes indicou que um contrato emergencial poderá ser necessário para garantir a continuidade das atividades do teatro até a conclusão do novo processo licitatório. A situação continua a evoluir, com a Sustenidos avaliando suas opções legais e administrativas.