- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxa Selic de 15% é “injustificável” e que há espaço para sua redução.
- Ele destacou a necessidade de uma política fiscal mais crível para viabilizar essa queda.
- O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, mantém a taxa elevada para controlar a inflação, que afeta principalmente os mais pobres.
- Haddad também propôs a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, beneficiando cerca de 20 milhões de pessoas.
- Ele criticou as renúncias fiscais, que somam mais de R$ 600 bilhões, e defendeu investimentos em infraestrutura.
BRASÍLIA E SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxa Selic, atualmente em 15%, é “injustificável” e que há espaço para sua redução. Em entrevista ao portal ICL Notícias, Haddad destacou a necessidade de uma política fiscal mais crível para viabilizar essa queda.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, mantém a taxa elevada para controlar a inflação, que tem pressionado a população, especialmente os mais pobres. Haddad acredita que a inflação está se aproximando do teto da meta, que é de 4,5% ao ano. Ele mencionou que a desaceleração econômica é necessária, mas que o governo teme os impactos negativos no emprego e na renda.
Proposta de Isenção do Imposto de Renda
Além das questões sobre juros, Haddad reiterou a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Ele afirmou que essa medida é crucial para a justiça social e que o Congresso está “muito maduro” para discutir a proposta. Contudo, o desafio permanece na aprovação das compensações necessárias.
O ministro destacou que a isenção beneficiará cerca de 20 milhões de pessoas, permitindo que deixem de pagar o imposto sobre seus salários. Essa mudança, segundo ele, representa uma oportunidade significativa para o Brasil avançar na luta contra a desigualdade.
Críticas e Expectativas
Haddad também criticou as renúncias fiscais, que somam mais de R$ 600 bilhões, e afirmou que não faz sentido taxar commodities como o governo dos Estados Unidos. Ele classificou as sanções norte-americanas como “descabidas” e defendeu que o Brasil não terá dificuldades em encontrar novos compradores para seus produtos.
O ministro concluiu que, apesar das dificuldades enfrentadas durante as transições de governo, o governo está comprometido em promover investimentos em infraestrutura, como portos e aeroportos, e que as medidas em andamento visam beneficiar os trabalhadores.