- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a abordagem da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre segurança e conflitos armados.
- Lula destacou a preocupação com a equiparação entre criminalidade e terrorismo e defendeu a cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas.
- Ele condenou o uso de força letal em situações não configuradas como conflitos armados e criticou intervenções militares recentes por suas consequências humanitárias.
- O presidente também fez críticas à política externa dos Estados Unidos, especialmente em relação a Cuba, e defendeu o diálogo na Venezuela e um futuro pacífico para o Haiti.
- Sobre a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza, Lula enfatizou a necessidade de soluções pacíficas e respeitosas às preocupações de segurança de todas as partes envolvidas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta terça-feira (23), a Assembleia Geral das Nações Unidas, a forma como a comunidade internacional aborda a segurança e os conflitos armados. Lula destacou que a equiparação entre criminalidade e terrorismo é preocupante e defendeu que o combate ao tráfico de drogas deve ser feito por meio da cooperação internacional, visando reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas.
O presidente condenou o uso de força letal em situações que não configuram conflitos armados, afirmando que isso equivale a executar pessoas sem julgamento. Ele também criticou intervenções militares recentes, que, segundo ele, causaram mais danos do que benefícios, resultando em graves consequências humanitárias.
Críticas à Política Externa dos EUA
Lula fez críticas diretas à política externa dos Estados Unidos, considerando inadmissível que Cuba seja listada como país que patrocina o terrorismo. Ele defendeu que a Venezuela deve estar aberta ao diálogo e reiterou que o Haiti tem o direito a um futuro livre de violência.
Sobre a guerra na Ucrânia, o presidente enfatizou que não haverá solução militar e ressaltou a importância de iniciativas de mediação, citando o recente encontro em Alasta como um sinal de esperança para uma saída negociada. Lula também mencionou o grupo de amigos da paz, formado por Brasil e China, como um passo importante nesse sentido.
Conflito em Gaza
Lula criticou a escalada do conflito em Gaza, destacando o impacto sobre a população civil. Ele afirmou que nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional da força do que a da Palestina, chamando a atenção para a necessidade de soluções pacíficas e respeitosas às preocupações de segurança de todas as partes envolvidas.