- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 23 de setembro de 2025.
- Lula criticou as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos, que afetam autoridades brasileiras, e reafirmou a soberania do Brasil.
- Ele destacou que a interferência no Judiciário brasileiro é inaceitável e que o país resistirá a ataques antidemocráticos.
- O discurso ocorreu após o governo americano anunciar novas sanções, incluindo restrições à esposa de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Lula também defendeu o multilateralismo e a necessidade de reformas na ONU, afirmando que a democracia e a soberania do Brasil são inegociáveis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso contundente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (23), abordando a recente crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Lula criticou as sanções unilaterais impostas pelos EUA, que atingem autoridades brasileiras, e reafirmou a soberania nacional.
Durante sua fala, o presidente destacou que tentar interferir no Judiciário brasileiro é inaceitável. Ele enfatizou que, apesar dos ataques, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, conquistada há 40 anos após um período de ditadura. Lula também se referiu a “falsos patriotas” que promovem ações prejudiciais ao país, uma crítica implícita ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
Tensão nas Relações Bilaterais
O discurso de Lula ocorreu um dia após o governo americano anunciar novas sanções, incluindo restrições à esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Viviane Barci de Moraes. Essas medidas refletem o pior momento nas relações entre Brasil e EUA nas últimas décadas, com os dois países trocando críticas frequentes. As sanções incluem uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, o que agrava ainda mais a situação.
Lula não mencionou diretamente o presidente dos EUA, Donald Trump, mas suas referências às ações que atentam contra a soberania do Brasil foram claras. O presidente brasileiro também criticou a extrema direita que busca apoio em antigas hegemonias, associando essa ingerência a uma “agressão inaceitável”.
Defesa da Democracia e Multilateralismo
Além de defender a soberania, Lula abordou a importância do multilateralismo e a necessidade de reformas na ONU. Ele afirmou que o século 21 será multipolar e que a organização deve ser um símbolo de esperança e igualdade. O presidente também destacou o compromisso do Brasil com a justiça social e o combate à desigualdade global.
Lula concluiu sua fala reafirmando que a democracia e a soberania do Brasil são inegociáveis. Sua postura firme na ONU busca fortalecer a imagem do país no cenário internacional, especialmente em um momento de crescente polarização e desafios internos.