- Lula e Trump se encontraram pela primeira vez durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 23 de setembro.
- Ambos expressaram apoio mútuo e criticaram a perseguição política no Brasil.
- Trump afirmou ter “abraçado” Lula e anunciou um novo encontro para a próxima semana.
- Lula defendeu a soberania nacional, enquanto Trump criticou a falência das Nações Unidas.
- Apesar de suas diferenças, ambos compartilham características políticas, como a mobilização do voto dos trabalhadores e a retórica de perseguição.
Lula e Trump se encontram na ONU e trocam apoio, apesar de críticas à política brasileira
Na última terça-feira, 23, durante a Assembleia-Geral da ONU, Lula e Trump se encontraram pela primeira vez, gerando repercussão internacional. Ambos expressaram apoio mútuo, embora criticassem a perseguição política no Brasil. Trump afirmou ter “abraçado” Lula e anunciou um novo encontro para a próxima semana.
Lula, em seu discurso, enfatizou a defesa da soberania nacional, afirmando que tarifas e sanções não ameaçarão as instituições brasileiras. Por outro lado, Trump utilizou seu tempo no púlpito para criticar a falência das Nações Unidas, posicionando seu governo como um árbitro global.
Semelhanças e Diferenças
Apesar de suas visões opostas, Lula e Trump compartilham características políticas. Ambos emergiram como símbolos de ruptura com o establishment, mobilizando o voto dos trabalhadores ressentidos. Lula representa o operário nordestino, enquanto Trump se identifica com os trabalhadores do Rust Belt.
Ambos também se apresentam como vítimas de perseguições, transformando processos judiciais em armas eleitorais. Essa retórica os posiciona como defensores do povo contra elites conspiradoras. A resiliência de ambos é notável, já que superaram escândalos que poderiam ter encerrado a carreira de políticos tradicionais.
A Política como Espetáculo
Lula e Trump tratam as instituições como peças de um jogo político, utilizando-as a seu favor. Trump ataca agências e organismos internacionais, enquanto Lula busca empurrar os limites do Judiciário. Ambos demonstram um certo desprezo pela liberdade de expressão, considerando a imprensa como adversária.
No campo das ideias, ambos governam em nome do desenvolvimentismo, rejeitando a ortodoxia econômica e o livre comércio. Essa aproximação ideológica se estende a uma crítica comum às instituições internacionais e um fascínio por líderes autoritários.
Lula e Trump, embora antípodas, compartilham uma anatomia política que reflete a desconfiança nas instituições e a ascensão de líderes messiânicos. Eles representam visões de mundo opostas, mas suas trajetórias e estratégias políticas revelam conexões surpreendentes.