- Movimentos sociais pedem a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Mineração no Brasil.
- A Aliança da Volta Grande do Xingu entregou uma carta a deputados solicitando apoio ao requerimento de Duda Salabert (PDT-MG).
- Para a CPI ser instalada, são necessárias 171 assinaturas.
- A mobilização ocorre após a Operação Rejeito, que resultou na prisão de diretores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB), além de outras vinte pessoas.
- A Aliança alerta para o risco de novas tragédias, como as de Mariana e Brumadinho, e critica a corrupção no setor mineral, especialmente em projetos como o da Belo Sun Mining no Pará.
Movimentos sociais intensificam a pressão pela abertura da CPI da Mineração no Brasil. A Aliança da Volta Grande do Xingu, composta por organizações ambientais, indígenas e de direitos humanos, entregou uma carta a deputados solicitando apoio ao requerimento protocolado por Duda Salabert (PDT-MG). Para que a CPI avance, são necessárias 171 assinaturas.
A mobilização ocorre após a Operação Rejeito, que resultou na prisão do diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM) e de um dirigente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), além de outros 20 investigados. A operação revelou um esquema de corrupção em Minas Gerais que movimentou bilhões de reais e expôs a fragilidade do sistema de licenciamento ambiental no país.
Riscos e Tradições
A Aliança relaciona os esquemas de corrupção ao risco de novas tragédias, como as de Mariana e Brumadinho, que não devem ser vistas como meros acidentes, mas sim como “crimes anunciados”. A carta destaca a captura do Estado por interesses privados e a negligência de órgãos públicos. Um exemplo citado é o projeto da Belo Sun Mining, que planeja construir a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil no Pará, enfrentando acusações de fraudes fundiárias e intimidação a moradores locais.
A Aliança enfatiza que, às vésperas da COP30, o Brasil não pode manter uma governança mineral marcada pela corrupção. A instalação da CPI é vista como um gesto de responsabilidade diante da comunidade internacional, que exige coerência entre discurso climático e prática.