- O presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, declarou que o partido é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, apesar da maioria da bancada na Câmara dos Deputados ter votado a favor.
- Lupi afirmou que a PEC não protege prerrogativas legítimas e que o voto secreto para a investigação de parlamentares e a ampliação do foro privilegiado são privilégios que favorecem a impunidade.
- A PEC foi aprovada em primeiro turno com 353 votos a favor e 134 contra, mas deve enfrentar resistência no Senado.
- Durante a votação, a bancada do PDT se dividiu: dez deputados votaram a favor, cinco contra e houve uma ausência. No segundo turno, foram nove votos favoráveis, três contrários e quatro ausências.
- O PDT também se opôs à proposta de anistia a ataques à democracia, com a bancada rejeitando unanimemente o texto que poderia reduzir as penas dos envolvidos nos eventos de oito de janeiro.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, manifestou a posição do partido contra a PEC da Blindagem, mesmo com a maioria da bancada na Câmara tendo votado a favor da proposta. Em nota nas redes sociais, Lupi afirmou que a PEC “não protege prerrogativas legítimas” e que o voto secreto para a investigação de parlamentares, além da ampliação do foro privilegiado, são “privilégios inaceitáveis que favorecem a impunidade”.
A PEC foi aprovada em primeiro turno com 353 votos a favor e 134 contra, mas deve enfrentar resistência no Senado, onde uma pesquisa indica que a maioria dos parlamentares tende a contestar o texto. Durante a votação da urgência do projeto, a bancada do PDT na Câmara se dividiu: 10 deputados votaram a favor, 5 contra e houve uma ausência. No segundo turno, foram 9 votos favoráveis, 3 contrários e 4 ausências.
Divergências Internas
Além da PEC, o PDT também se opôs à proposta de anistia a ataques à democracia. Lupi orientou a bancada a votar contra a anistia, ressaltando que “perdoar ataques à democracia é normalizar tentativas de golpe”. Na última quinta-feira, a bancada rejeitou unanimemente o texto que poderia reduzir as penas dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
As divergências internas no PDT não são novas. Em maio, Lupi deixou o ministério da Previdência em meio a crises e fraudes do INSS. Após sua saída, a liderança do partido na Câmara, sob o comando do deputado Mário Heringer, anunciou o desembarque do grupo da base do governo, enquanto senadores da legenda optaram por manter a aliança com a gestão Lula.
O cenário atual evidencia as tensões entre as diferentes alas do PDT, refletindo um momento de instabilidade e disputas internas que podem impactar a atuação do partido no Congresso.