- A Polícia Federal deflagrou a Operação Otacílio em 23 de setembro de 2025.
- Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Belo Horizonte.
- A operação investiga fraudes em contratos de tratamento de água da Lagoa da Pampulha.
- Um servidor público teve R$ 440 mil bloqueados por suspeitas de corrupção.
- Os contratos, sem licitação, totalizam US$ 7,5 milhões e envolvem técnicas de limpeza da água.
A Polícia Federal deflagrou a Operação Otacílio nesta terça-feira (23), cumprindo três mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Belo Horizonte. A operação investiga fraudes em contratos públicos relacionados ao tratamento das águas da Lagoa da Pampulha, patrimônio cultural brasileiro.
Os mandados foram executados em um prédio da Prefeitura, localizado no bairro de Lourdes, e na Diretoria de Gestão de Águas Urbanas (DGAU), vinculada à Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura. A ação foi realizada em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e resultou no bloqueio de R$ 440 mil em contas de um servidor público suspeito de corrupção.
As investigações apontam para irregularidades em contratos que visam melhorar a qualidade da água da Lagoa da Pampulha, com um valor total estimado em US$ 7,5 milhões, equivalente a mais de R$ 40 milhões. Os contratos, que foram firmados sem licitação, incluem técnicas para limpeza da água e redução do nível de fósforo. A eficiência dessas técnicas também está sob análise.
De acordo com a PF e o MPF, há indícios de crimes como organização criminosa, prevaricação, corrupção ativa, fraude à licitação e crimes ambientais. O servidor investigado já foi notificado sobre a suspensão de suas funções. A operação continua em andamento, e a Prefeitura de Belo Horizonte ainda não se manifestou oficialmente sobre os desdobramentos.