- A Polícia Federal apreendeu cerca de 50 obras de arte durante a Operação em Desconto, que investiga fraudes nos descontos associativos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
- As peças incluem trabalhos de artistas como Di Cavalcanti e Tomie Ohtake, encontradas em endereços relacionados a advogados e empresas suspeitas.
- Uma força-tarefa de dez peritos foi formada para verificar a autenticidade das obras no Instituto Nacional de Criminalística (INC) em Brasília.
- O relatório da investigação revelou movimentações financeiras atípicas de R$ 4,6 bilhões entre julho de 2019 e julho de 2024, envolvendo o escritório do advogado Nelson Wilians.
- Durante a operação, a PF também apreendeu itens de alto valor, como uma réplica de carro de corrida de Ayrton Senna e relógios de luxo.
A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de 50 obras de arte durante a Operação em Desconto, que investiga fraudes nos descontos associativos do INSS. As peças, que incluem trabalhos de artistas renomados como Di Cavalcanti e Tomie Ohtake, foram encontradas em endereços relacionados a advogados e empresas suspeitas de movimentações financeiras irregulares.
Uma força-tarefa de dez peritos foi montada para verificar a autenticidade das obras, que estão sendo analisadas no Instituto Nacional de Criminalística (INC) em Brasília. Os exames já começaram, mas não há previsão para conclusão. A identificação oficial das obras e a estimativa de seus valores dependem do trabalho pericial, que utiliza tecnologia avançada para detectar indícios de falsificação e lavagem de dinheiro.
Grupo de Obras de Arte
Desde 2019, a PF conta com o Grupo de Obras de Arte (GOIA), formado por peritos de diversas áreas, como química e engenharia. Este grupo tem atuado em casos complexos relacionados ao mercado de arte, investigando crimes que envolvem falsificação e tráfico de bens culturais. Os peritos utilizam equipamentos de precisão para analisar pigmentos e materiais, além de cruzar dados com acervos internacionais.
Parte das obras apreendidas, como um quadro de Di Cavalcanti datado de 1971, foi encontrada no escritório do advogado Nelson Wilians em São Paulo. Wilians é um dos alvos da operação, que investiga suspeitos de serem operadores financeiros em um esquema de desvios de benefícios do INSS. Em depoimento à CPI do INSS, ele negou irregularidades e afirmou estar colaborando com as autoridades.
Movimentações Financeiras
O relatório da investigação revelou movimentações financeiras atípicas, totalizando R$ 4,6 bilhões entre julho de 2019 e julho de 2024, envolvendo o escritório de Wilians e uma empresa de investimentos. Durante a operação, a PF também apreendeu itens de alto valor, como uma réplica de carro de corrida de Ayrton Senna, uma Ferrari, relógios de luxo e quantias em dinheiro.