- O projeto de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro foi adiado na Câmara dos Deputados.
- O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) recebeu críticas de deputados do PL por suas interações com Aécio Neves (PSDB-MG) e Michel Temer (MDB).
- O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), pediu desculpas ao relator e repudiou os ataques, destacando que a votação não ocorrerá nesta semana.
- Parlamentares do PL questionaram a capacidade de Paulinho para relatar o projeto, afirmando que apenas bolsonaristas poderiam encontrar uma solução.
- Paulinho se comprometeu a dialogar com outras bancadas e a apresentar um texto para votação na próxima semana.
BRASÍLIA – O projeto de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro enfrenta um cenário conturbado na Câmara dos Deputados. Durante uma reunião, o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi alvo de críticas de parlamentares do PL, que questionaram suas interações com figuras como Aécio Neves (PSDB-MG) e Michel Temer (MDB). A votação do projeto foi adiada, refletindo a divisão interna entre os deputados.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL, pediu desculpas ao relator e repudiou os ataques. Ele destacou que a votação não ocorrerá nesta semana, enquanto a pressão sobre Paulinho aumentava. Os bolsonaristas, insatisfeitos com a aproximação do relator a figuras que não representam sua base, expressaram descontentamento. Delegado Éder Mauro (PL-PA) afirmou que Paulinho não deveria consultar Aécio Neves ou Alexandre de Moraes, enfatizando que a anistia deve ser “ampla, geral e irrestrita”.
Críticas e Pressões
As críticas se intensificaram, com parlamentares do PL questionando a capacidade de Paulinho para relatar o projeto. Bia Kicis (PL-DF) afirmou que apenas bolsonaristas poderiam encontrar uma solução para a anistia, desqualificando a participação de Aécio e Temer. A bancada ainda trouxe familiares de presos para pressionar o relator, evidenciando a polarização em torno do tema.
Paulinho da Força, por sua vez, afirmou que seu relatório buscará refletir a média das opiniões da Câmara. Ele se comprometeu a trabalhar para que o texto esteja pronto para votação na próxima semana. Sóstenes reforçou que a dosimetria das penas não é competência do Congresso, ressaltando que a anistia deve ser o foco da discussão.
Próximos Passos
O relator planeja dialogar com outras bancadas, incluindo PRD, Republicanos e MDB, em busca de consenso. A expectativa é que a discussão sobre a anistia continue a gerar polêmica, com diferentes grupos políticos se posicionando de maneira oposta. A situação evidencia a complexidade do cenário político atual e a necessidade de um entendimento entre as partes envolvidas.