Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Teatro de Contêiner denuncia invasão do governo Nunes e registra boletim de ocorrência

Companhia Mungunzá registra boletim de ocorrência após demolição irregular e arrombamento por funcionários contratados pela prefeitura.

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Grupo de teatro realiza atividade no endereço atual, mobilizando a classe artística e movimentos estudantis (Foto: Reprodução)
0:00 0:00
  • A Companhia Mungunzá denunciou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) por desrespeito a uma decisão judicial que garante sua permanência no Teatro de Contêiner até 2026.
  • Recentemente, a prefeitura iniciou a demolição de um prédio no terreno, onde a companhia realiza atividades.
  • Funcionários de uma empresa terceirizada arrombaram portas e derrubaram muros, apesar de a companhia ter alertado sobre a liminar que assegura sua permanência.
  • A prefeitura notificou a Companhia Mungunzá para desocupar o local em quinze dias, mas uma decisão judicial impede o despejo até o primeiro trimestre de 2026.
  • Protestos de artistas e movimentos sociais resultaram em uma tutela provisória que garante a permanência da companhia por pelo menos 180 dias.

A Companhia Mungunzá, responsável pelo Teatro de Contêiner em São Paulo, denunciou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) por desrespeitar uma decisão judicial que garante sua permanência até 2026. Recentemente, a prefeitura iniciou a demolição de um prédio no terreno, onde a companhia realiza atividades como oficina de serralheria e armazenamento de cenários.

Na manhã de segunda-feira, 22, funcionários de uma empresa terceirizada arrombaram portas e derrubaram muros do prédio, segundo relatos dos artistas. Eles apresentaram evidências, como fotos e gravações, que demonstram a invasão. A gestão Nunes, por sua vez, afirmou que não autorizou o acesso à área e que a empresa contratada deveria apenas instalar tapumes e telas de proteção.

Um boletim de ocorrência foi registrado na madrugada de terça-feira, 23, relatando a invasão e a falta de comunicação prévia. Os artistas alertaram os trabalhadores sobre a liminar que garante sua permanência, mas a demolição prosseguiu. Eles destacaram que a ação representa um risco à segurança e ao patrimônio.

Reação da Prefeitura

A prefeitura notificou a Companhia Mungunzá em duas ocasiões, solicitando a desocupação do local em um prazo de 15 dias. No entanto, uma decisão judicial impede o despejo até o primeiro trimestre de 2026. A gestão Nunes já recorreu dessa decisão. O Conpresp, responsável pelo tombamento do prédio, desistiu do processo em agosto, e a Guarda Civil Metropolitana tentou retirar os artistas do local.

Os protestos contra o despejo mobilizaram artistas renomados e movimentos sociais, resultando em uma tutela provisória que garante a permanência da companhia por pelo menos 180 dias. A prefeitura, que planeja um projeto habitacional para a área, não respondeu a propostas de acordo feitas pela companhia, que buscava uma solução alternativa.

Situação Atual

Os artistas criticam a falta de diálogo da prefeitura e a ausência de representantes em reuniões propostas pelo Ministério Público. A companhia, que ocupa o espaço desde 2016, considera a área oferecida pela administração municipal insuficiente para suas atividades. O advogado da Mungunzá, Daniel Santos Garroux, deve apresentar uma petição à Justiça sobre o caso nesta quarta-feira, 24.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais