- O Tribunal de Justiça do Amazonas anulou o processo contra sete pessoas acusadas pela morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido, encontrada morta em maio do ano passado.
- A decisão foi tomada após o Ministério Público reconhecer falhas no processo, que agora retorna à primeira instância.
- Os réus haviam sido condenados a penas entre dez anos e onze meses e onze anos de prisão por tráfico de drogas e associação criminosa.
- A acusação defendeu a manutenção das condenações, citando provas como depoimentos e registros de mensagens.
- Apesar da anulação, a prisão dos acusados foi mantida, e a defesa planeja recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.
O Tribunal de Justiça do Amazonas anulou, nesta segunda-feira, o processo contra sete pessoas acusadas pela morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido, encontrada morta em maio do ano passado. A decisão ocorreu após o Ministério Público reconhecer falhas no processo, que agora retorna à primeira instância.
Em dezembro, os réus haviam sido condenados a penas que variavam de 10 anos e 11 meses a 11 anos de prisão por tráfico de drogas e associação criminosa, especificamente pelo uso da substância cetamina. Entre os condenados estão Ademar e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe de Djidja. O MP apontou cerceamento de defesa, já que os advogados não foram informados sobre a inclusão de laudos periciais antes da sentença.
A acusação, no entanto, defendeu a manutenção das condenações, citando provas consistentes, como depoimentos e registros de mensagens. Apesar da anulação parcial do processo, a prisão dos acusados foi mantida, e a defesa já anunciou planos de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para buscar a soltura.
O caso, que ganhou notoriedade, envolveu a suposta criação de uma seita chamada “Pai, Mãe e Vida”, que obrigava funcionários de salões de beleza a consumirem ketamina. As investigações revelaram que a droga teria contribuído para a morte de Djidja. O delegado Cícero Túlio, responsável pela apuração, relatou abusos sexuais e outras práticas ilícitas associadas ao grupo.
Os réus, incluindo Cleusimar e Ademar, foram presos sob efeito de drogas e alegaram estar em estado de insanidade mental no momento da detenção. A Justiça agora reavaliará o caso, que inclui a análise de laudos toxicológicos anexados ao processo.