- Isabel Allende, autora chilena, retorna ao Chile após seis anos para lançar a novela “Mi nombre es Emilia del Valle”.
- O lançamento ocorre em Santiago e aborda a identidade feminina e os desafios das mulheres contemporâneas.
- A história segue Emilia, uma jovem de San Francisco que se torna repórter no Chile durante a Guerra Civil de mil oitocentos e noventa e um.
- Allende destaca a importância de narrativas sobre mulheres fortes e a luta contínua pela igualdade de direitos.
- A autora também reflete sobre sua conexão com o Chile e a influência de suas memórias em sua obra.
Isabel Allende, a renomada autora chilena, retorna ao Chile após seis anos para lançar sua nova novela, “Mi nombre es Emilia del Valle”. O evento ocorre em Santiago, onde a escritora, que vive nos Estados Unidos, apresenta uma obra que explora a identidade feminina e os desafios enfrentados pelas mulheres contemporâneas.
A nova novela narra a história de Emilia, uma jovem de San Francisco que se torna repórter no Chile durante a Guerra Civil de 1891. Ao longo da trama, ela descobre suas raízes chilenas e reflete sobre o conceito de ser uma “mulher boa”, questionando normas sociais do século XIX. Allende destaca que, em 2025, essa noção já não se aplica da mesma forma, afirmando que “todas somos um pouco más e um pouco boas”.
Durante a entrevista, a autora compartilha suas experiências e reflexões sobre a liberdade que vem com a idade. Aos 83 anos, Allende expressa que a verdadeira liberdade é interna, relacionada à aceitação de si mesma e à superação de barreiras pessoais. Ela também aborda a luta das mulheres, alertando para o retrocesso dos direitos femininos em um contexto global, onde movimentos extremistas ameaçam conquistas históricas.
Allende enfatiza a importância de narrativas que retratam mulheres fortes e resilientes, afirmando que “os personagens que interessam são aqueles que enfrentam desafios e são diferentes”. A escritora, que se considera uma feminista desde a infância, destaca que a luta pela igualdade de direitos é contínua e cheia de obstáculos, mas que o progresso é possível.
Além disso, a autora reflete sobre sua conexão com o Chile, afirmando que, apesar de viver fora do país, “Chile me hala”. A relação com sua terra natal é marcada por laços afetivos e memórias, que influenciam sua obra e sua identidade. Allende conclui que, mesmo diante de desafios sociais e políticos, o amor e a solidariedade são forças poderosas que podem superar o horror e a adversidade.