- Marco Willians Camacho, conhecido como Marcola, foi preso em 1999 por roubo em São Paulo, com a prisão realizada pelo delegado Ruy Ferraz Fontes.
- A morte recente de Ruy gerou críticas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que visa proteger parlamentares.
- Nenhum dos 344 parlamentares que aprovaram a PEC compareceu ao velório de Ruy, gerando indignação entre policiais.
- A PEC é vista como uma proteção para deputados acusados de envolvimento com o tráfico de drogas e armas, como o deputado TH Joias.
- Investigações sobre corrupção e crime organizado, como a Operação Raio X e a Operação Carbono Oculto, estão em andamento em Brasília, ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em 19 de julho de 1999, Marco Willians Camacho, conhecido como Marcola, foi preso por roubo em São Paulo. O responsável pela prisão foi o delegado Ruy Ferraz Fontes, que se tornou uma figura emblemática na luta contra o crime organizado, especialmente no Primeiro Comando da Capital (PCC). Recentemente, a morte de Ruy gerou reações intensas, especialmente em relação à PEC da Blindagem, que visa proteger parlamentares.
A ausência de apoio dos deputados no velório de Ruy Ferraz Fontes foi notada, com nenhum dos 344 parlamentares que aprovaram a PEC comparecendo. Policiais expressaram indignação, afirmando que a medida pode servir como um abrigo para criminosos. Um integrante da Inteligência da Polícia Civil comentou: “Cuspiram no caixão do doutor Ruy”. A insatisfação é crescente entre os agentes da lei, que se sentem desamparados.
Críticas à PEC da Blindagem
A PEC da Blindagem, que está sob análise do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), enfrenta resistência. O relator já indicou que a proposta não será aprovada, mesmo com modificações. A proposta é vista como uma proteção para aqueles que, como o deputado TH Joias, foram acusados de colaborar com o tráfico de drogas e armas.
Além disso, novas investigações sobre corrupção e crime organizado estão em andamento em Brasília. A Operação Raio X, que revelou um esquema de desvio de verbas da saúde, e a Operação Carbono Oculto, que investiga fraudes financeiras, estão interligadas ao PCC e a figuras como Roberto Augusto Leme da Silva, o Beto Louco, e seu sócio Mohamad Hussein Mourad.
A luta contra a corrupção e o crime organizado continua a ser uma prioridade, mas a falta de apoio legislativo para medidas efetivas gera preocupações. O caráter dos parlamentares é fundamental para a proteção das prerrogativas do Congresso e a manutenção da ordem democrática.