- A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que a Enel Distribuição São Paulo atendeu às exigências para a prorrogação de sua concessão, após um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre Silveira.
- A prorrogação, que pode durar até trinta anos, está sujeita à deliberação da diretoria da Aneel e à avaliação do Ministério de Minas e Energia.
- O diretor da Aneel, Fernando Mosna, criticou a lentidão da Enel na recuperação do fornecimento de energia após o temporal de 22 de outubro, destacando que a empresa teve desempenho inferior a outras distribuidoras.
- A Enel informou que mobilizou mais de mil e trezentas equipes para restabelecer o fornecimento, atendendo noventa por cento dos quase seiscentos mil clientes afetados em 24 horas.
- A insatisfação com a Enel cresce, com recomendações de não renovação da concessão por parte da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirmou que a Enel Distribuição São Paulo atendeu às exigências para a prorrogação de sua concessão, após um decreto assinado pelo presidente Lula e pelo ministro Alexandre Silveira. A decisão ocorre em meio a críticas sobre a qualidade do fornecimento de energia, especialmente após temporais que afetaram a capital paulista.
Recentemente, a Enel enfrentou contestações de consumidores e autoridades devido a falhas no fornecimento, com destaque para o temporal de 22 de outubro. Apesar das contestações, a Aneel declarou que a empresa apresentou a documentação necessária, incluindo certidões de regularidade fiscal e demonstrações financeiras. A prorrogação da concessão, que pode se estender por mais 30 anos, depende agora da deliberação da diretoria da Aneel e da avaliação do Ministério de Minas e Energia.
Críticas e Desempenho
O diretor da Aneel, Fernando Mosna, expressou preocupação com a lentidão da Enel na recuperação do fornecimento após o recente temporal, apontando que a empresa teve um desempenho inferior em comparação a outras distribuidoras. Mosna solicitou informações detalhadas sobre o plano de recuperação e os investimentos realizados pela Enel. Ele alertou que a situação pode levar a recomendações de caducidade da concessão.
Em resposta, a Enel afirmou que mobilizou mais de 1.300 equipes para restabelecer a energia, conseguindo atender 90% dos quase 600 mil clientes afetados em 24 horas. No entanto, a prefeitura de São Paulo e o governador Tarcísio de Freitas criticaram a empresa, destacando a “grave deficiência” no serviço prestado e manifestando intenção de não renovar o contrato que expira em 2028.
Reações e Futuro
A Fiesp e o Ciesp recomendaram que prefeitos da Grande São Paulo não renovem a concessão da Enel, citando a queda no quadro de funcionários e o aumento no tempo de atendimento. O cenário de insatisfação com a Enel é crescente, e as autoridades locais continuam a pressionar por melhorias no serviço. A situação permanece tensa, com a expectativa de que a Aneel e o Ministério de Minas e Energia tomem decisões que impactarão o futuro da concessionária na região.