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Apenas cinco mulheres presidiram a Assembleia da ONU em 80 anos de história

Annalena Baerbock destaca a importância da igualdade de gênero em sua presidência na Assembleia-Geral da ONU, que ocorre em meio a desafios de representatividade feminina.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ministra Annalena Baerbock discursa durante a 80ª Assembleia-Geral da ONU em Nova York (Foto: Reprodução)
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  • A 80ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) começou em Nova York no dia 23 de setembro de 2025.
  • A ex-ministra do Exterior da Alemanha, Annalena Baerbock, preside a Assembleia pela primeira vez, sendo a primeira mulher europeia a ocupar essa posição.
  • A presença feminina em cargos de liderança na ONU é historicamente baixa, com apenas cinco mulheres presidindo a Assembleia desde 1945.
  • A igualdade de gênero é um compromisso da ONU, mas apenas 25 países têm mulheres como chefes de Estado ou de governo, e as mulheres ocupam apenas 27,2% das cadeiras nos parlamentos nacionais.
  • Especialistas destacam a necessidade de medidas para aumentar a participação feminina em processos eleitorais e na carreira diplomática.

A 80ª Assembleia-Geral da ONU teve início nesta terça-feira (23) em Nova York, sob a presidência da ex-ministra do Exterior da Alemanha, Annalena Baerbock. Esta é a primeira vez que uma mulher europeia ocupa essa posição e apenas a quinta vez que uma mulher lidera o órgão desde sua criação em 1945.

A Assembleia-Geral reúne anualmente líderes globais para discutir questões que impactam a comunidade internacional. Apesar de sua importância, a presença feminina em cargos de liderança e como oradoras ainda é limitada. Desde a fundação da ONU, nenhuma mulher ocupou o cargo de secretária-geral. “A baixa presença de mulheres reflete um problema estrutural, evidenciando a opressão e os papéis sociais desiguais”, afirma Jucimeri Isolda Silveira, professora da PUC-PR.

A igualdade de gênero é um dos compromissos fundamentais da ONU e está inserida na Agenda 2030, que busca aumentar a participação feminina em posições de decisão política e econômica. Atualmente, apenas 25 países têm mulheres como chefes de Estado ou de governo, e as mulheres ocupam apenas 27,2% das cadeiras nos parlamentos nacionais.

Desafios e Avanços

Embora a Assembleia-Geral tenha avançado em termos de representatividade feminina, especialistas apontam que a estrutura de poder da ONU ainda é predominantemente masculina. “Isso reforça a distância entre o discurso de igualdade e a prática”, complementa Silveira. Ao longo de suas oito décadas, apenas cinco mulheres presidiram a Assembleia, sendo a primeira a indiana Vijaya Lakshmi Pandit, em 1953.

A presença de mulheres em cargos de alta gestão na ONU é inferior a 20%, mesmo com cerca de 45% do quadro total sendo feminino. Para aumentar a representatividade, medidas como estímulos à participação feminina em processos eleitorais e na carreira diplomática são essenciais, segundo especialistas.

O Papel da ONU

A ONU tem buscado reduzir desigualdades de gênero desde os anos 1990, com marcos como a Plataforma de Ação de Pequim, de 1995. Apesar dos avanços, a desigualdade persiste, e a presença de mulheres em posições de liderança ainda enfrenta barreiras significativas. “A mudança será efetiva quando mulheres de diversas origens puderem ocupar cadeiras de decisão em condições de igualdade”, destaca Bárbara Barboza, da Oxfam Brasil.

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