- Durante uma audiência da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o deputado Delegado Caveira (PL-PA) protagonizaram um intenso bate-boca.
- O deputado chamou Haddad de “Taxad”, criticando a suposta alta de impostos sob a gestão atual.
- Haddad rebateu, afirmando que a falta de correção da tabela do Imposto de Renda durante o governo Bolsonaro foi uma “vagabundagem” tributária, resultando em uma “taxação cruel” sobre os trabalhadores.
- O debate se acirrou com intervenções de outros parlamentares, incluindo o deputado Marcon (PT-RS) e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que também criticou Haddad.
- A audiência evidenciou a polarização política no Brasil, refletindo tensões em torno das políticas econômicas do governo atual.
Durante uma audiência da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta-feira, 24, o clima esquentou entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o deputado Delegado Caveira (PL-PA). O parlamentar chamou Haddad de “Taxad”, um apelido que critica a suposta alta de impostos sob a gestão atual. A troca de ofensas gerou um intenso bate-boca, com Caveira afirmando que o governo criou 24 novos impostos e expressando saudades do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes.
Haddad, por sua vez, rebatendo as críticas, destacou que a não correção da tabela do Imposto de Renda durante o governo Bolsonaro foi a “maior vagabundagem” tributária. Ele argumentou que essa omissão resultou em uma “taxação cruel” sobre os trabalhadores, colocando milhões de brasileiros na malha do Imposto de Renda. O ministro também defendeu a necessidade de taxar grandes fortunas e instituições financeiras, questionando como alguém poderia ser contra a taxação de quem não paga.
Tensão e Polarização
O embate não se limitou a Haddad e Caveira. O deputado Marcon (PT-RS) tentou intervir, mas a discussão continuou acalorada. Haddad criticou a gestão anterior, mencionando que a falta de reajuste real do salário mínimo foi uma forma de taxação. Ele também se referiu a um projeto de lei sobre devedores contumazes, afirmando que isso revelaria um esquema de crime organizado no Brasil.
A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) também se juntou às críticas, chamando Haddad de “Taxad” e insinuando que ele estaria mais preocupado em aumentar impostos do que em sua vida pessoal. O ministro pediu que sua vida privada não fosse envolvida na discussão, ressaltando a importância de focar nas questões fiscais.
Repercussão e Futuro
O deputado Coronel Meira (PL-PE) comentou que a população decidirá nas urnas em 2026 sobre a atuação de Haddad como ministro. A audiência evidenciou a crescente polarização política no Brasil, refletindo as tensões em torno das políticas econômicas e tributárias do governo atual. O debate acirrado entre os parlamentares ilustra a complexidade das questões fiscais e a divisão de opiniões sobre a gestão econômica do país.