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El Salvador enfrenta crescente autoritarismo sob governo de Bukele, alerta oposição

Claudia Ortiz afirma que o regime de exceção agrava a perseguição a opositores e compromete os direitos humanos em El Salvador.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Claudia Ortiz em San Salvador, fevereiro de 2024 (Foto: Reprodução)
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  • A deputada Claudia Ortiz, líder da oposição em El Salvador, denuncia o acoso que enfrenta sob o governo de Nayib Bukele, que controla os três poderes do Estado.
  • Ortiz relata a falta de garantias judiciais e considera a possibilidade de exílio caso perca seu cargo nas eleições de 2024.
  • A situação política no país é marcada por restrições à liberdade de expressão e um ambiente hostil para a oposição.
  • A deputada critica o regime de exceção, que suspende garantias constitucionais e é usado para perseguir opositores políticos.
  • Ortiz apresentou uma ação de inconstitucionalidade contra a reeleição indefinida de Bukele e não descarta a candidatura à presidência em 2027.

A deputada Claudia Ortiz, líder da oposição em El Salvador, denuncia o acoso que enfrenta sob o governo de Nayib Bukele, que controla os três poderes do Estado. Em entrevista, Ortiz relatou a falta de garantias judiciais e a possibilidade de exílio caso perca seu cargo nas eleições de 2024.

A situação política no país é marcada por um ambiente hostil, onde a liberdade de expressão é severamente restringida. A oposição, representada por Ortiz, luta contra um regime que, segundo ela, está se tornando cada vez mais autoritário. A deputada, que se destacou como uma das vozes mais proeminentes contra Bukele, afirmou que o acesso à informação básica, como agendas de reuniões, é limitado, dificultando o trabalho legislativo.

A redução do número de assentos na Assembleia Legislativa de 84 para 60, promovida por aliados de Bukele, intensificou o controle sobre a política nacional. Apesar disso, Ortiz, eleita pelo partido Vamos, viu seu apoio crescer, tornando-se a opositora mais respaldada do país. Contudo, ela optou por não concorrer à presidência, focando na Assembleia Legislativa.

A deputada também criticou o regime de exceção vigente, que suspende garantias constitucionais e, segundo ela, não é uma solução eficaz para a segurança pública. Ortiz destacou que a aplicação desse regime tem sido utilizada para perseguir opositores políticos, o que agrava a situação de direitos humanos no país.

Ela acredita que El Salvador está em um processo de transição para um regime autoritário, caracterizado pela concentração de poder e pela limitação das liberdades civis. Ortiz enfatizou que a luta pela democracia deve continuar, mesmo diante de riscos crescentes. Recentemente, ela apresentou uma ação de inconstitucionalidade contra a reeleição indefinida de Bukele, um passo que considera necessário para estabelecer precedentes legais.

A deputada não descarta a possibilidade de se candidatar à presidência em 2027, mas afirma que essa decisão será tomada estrategicamente pelo partido. O futuro político de El Salvador permanece incerto, mas a oposição se mantém firme em sua luta por um sistema democrático e justo.

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