- O discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou o Brasil e Luiz Inácio Lula da Silva por quase um minuto e meio.
- Trump elogiou Lula, mencionou a possibilidade de um encontro futuro e criticou tarifas em retaliação ao governo de Jair Bolsonaro.
- Historicamente, o Brasil foi raramente mencionado em discursos de presidentes dos Estados Unidos na ONU, com citações notáveis apenas de Barack Obama e George W. Bush.
- Trump afirmou ter tido uma “excelente química” com Lula durante uma conversa nos bastidores do evento.
- O presidente dos Estados Unidos criticou seus antecessores e fez um discurso de cinquenta e cinco minutos, superando o tempo estipulado pela ONU.
Na última terça-feira (23), o discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU marcou um momento inédito para o Brasil. O presidente dos EUA dedicou quase um minuto e meio a Luiz Inácio Lula da Silva, elogiando-o e mencionando a possibilidade de um encontro entre os dois, além de criticar tarifas em retaliação ao governo de Jair Bolsonaro.
Historicamente, o Brasil teve pouca presença nos discursos de presidentes americanos na ONU. Desde 2000, o país foi citado apenas por Barack Obama em 2012 e George W. Bush em 2003, em contextos que não se comparavam ao tom de Trump. O atual presidente dos EUA surpreendeu ao destacar Lula, chamando-o de “bom homem” e afirmando ter tido uma “excelente química” em uma breve conversa nos bastidores do evento.
Trump revelou que se encontrou com Lula antes do discurso e que um encontro futuro, possivelmente por vídeo ou telefone, está em pauta, segundo o chanceler Mauro Vieira. O republicano enfatizou que só faz negócios com pessoas de quem gosta, destacando a relação amigável que parece ter estabelecido com o presidente brasileiro.
Contexto Histórico
As menções ao Brasil em discursos de líderes americanos são raras. Obama elogiou o país como exemplo de redução da pobreza e crescimento econômico, enquanto Bush lamentou a morte do diplomata Sérgio Vieira de Mello em um atentado em Bagdá. As intervenções anteriores foram breves e não abordaram questões de retaliação ou críticas.
Trump, conhecido por seu estilo polêmico, também se destacou ao criticar abertamente seus antecessores, como Joe Biden, e ao fazer um discurso que durou 55 minutos, muito além do tempo estipulado pela ONU. Sua abordagem inovadora ao tratar de tarifas contra o Brasil, em um momento de tensão diplomática, reflete sua disposição em romper com protocolos tradicionais.