- O governo de Romeu Zema autorizou a locação comercial do Palácio da Liberdade para eventos particulares, como casamentos e festas de debutantes.
- Os valores para a locação podem chegar a R$ 60 mil.
- A decisão gerou reações negativas entre ex-governadores de Minas Gerais, que pedem a reversão da medida.
- Os ex-governadores afirmam que a locação para pessoas abastadas compromete a importância histórica do Palácio, que foi inaugurado em 1898 e serviu como sede do governo até 2010.
- A portaria que permite a locação foi editada pela Fundação Clóvis Salgado e é vista como uma transformação do espaço em um cenário para interesses privados.
O governo de Romeu Zema autorizou a locação comercial do Palácio da Liberdade para eventos particulares, como casamentos e festas de debutantes, com valores que podem chegar a R$ 60 mil. A decisão, publicada na última sexta-feira, gerou reações negativas entre ex-governadores de Minas Gerais, que expressaram preocupação com a possível banalização do patrimônio histórico.
Inaugurado em 1898, o Palácio da Liberdade foi sede do Governo de Minas até 2010 e é considerado um símbolo da história política do estado, tombado pelo Patrimônio Histórico. A portaria que permite a locação foi editada pela Fundação Clóvis Salgado e, segundo os críticos, transforma o espaço em um cenário para interesses privados, desvirtuando sua função pública.
Os ex-governadores Eduardo Azeredo, Aécio Neves, Antonio Anastasia e Fernando Pimentel se uniram em uma carta ao atual governador, solicitando a reversão da medida. Eles afirmam que a locação para pessoas abastadas “macula as mais legítimas tradições de nossa história política”. O grupo destaca que o Palácio é um bem cultural que representa a identidade cívica de Minas Gerais.
A decisão de Zema, que conseguiu reunir figuras políticas de diferentes partidos em torno da mesma causa, levanta questões sobre o uso de bens públicos e a preservação da memória histórica do estado. Os ex-governadores enfatizam que o Palácio já foi palco de eventos de interesse público e que a privatização de seu uso pode comprometer sua importância simbólica.