- O presidente da Câmara, Hugo Motta, agendou a votação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.
- A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com líderes partidários para discutir a execução de emendas parlamentares e acelerar pagamentos atrasados.
- A reunião contou com representantes de partidos como PT, PSOL, PSD, PDT e MDB.
- A retirada da urgência constitucional do projeto de licenciamento ambiental possibilitou a votação do projeto de isenção do Imposto de Renda.
- Motta tem evitado pautas polêmicas, buscando manter a agenda da Câmara menos controversa.
Um dia após o presidente da Câmara, Hugo Motta, agendar a votação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com líderes partidários para discutir a execução de emendas parlamentares. O encontro, realizado na residência oficial da Câmara, teve como objetivo acelerar os pagamentos, que estavam atrasados e gerando insatisfação entre os deputados aliados.
Durante a reunião, representantes de partidos como PT, PSOL, PSD, PDT e MDB participaram das discussões. A ministra destacou a importância de garantir a execução das emendas, afirmando que não é possível solicitar votos sem assegurar o cumprimento dessas promessas. A reunião serviu para tranquilizar os aliados e reafirmar o compromisso do Palácio do Planalto em liberar recursos que sustentem a base política.
Mudanças na Pauta
A decisão de Motta de avançar com a votação do projeto de isenção do IR foi possível após o governo retirar a urgência constitucional do projeto de licenciamento ambiental, que estava trancando a pauta do plenário. Essa manobra, solicitada pelo presidente interino Geraldo Alckmin, permitiu que a Câmara tivesse maior previsibilidade nas votações, que estavam sendo adiadas desde agosto.
Nos bastidores, analistas apontam que essas movimentações fazem parte de uma estratégia mais ampla do governo. Enquanto abre mão da urgência em um tema considerado essencial, como o licenciamento ambiental, o Planalto busca avançar em pautas consensuais, como a isenção do IR e a medida provisória do programa “Agora Tem Especialistas”, do Ministério da Saúde.
Estratégia de Votação
Motta, por sua vez, tem calibrado o ritmo das votações, evitando pautas mais polêmicas, como a anistia dos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, que perdeu força após sanções dos Estados Unidos. A estratégia do presidente da Câmara é manter a pauta menos controversa, buscando desviar a atenção das críticas que surgiram nas últimas semanas, especialmente após manifestações contrárias a propostas como a urgência da anistia e a PEC da Blindagem.
