- Os indígenas Guarani Kaiowá da Terra Dourados-Amambaipeguá III retomaram uma área em Porto Cambira, Mato Grosso do Sul, na noite de domingo.
- A ação ocorre durante o processo de demarcação de suas terras, que começou com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em 2007 entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF).
- A retomada gerou tensão, com relatos de ataques por homens armados, que dispararam contra os indígenas e incendiaram barracos, resultando em um ferido.
- Os Guarani Kaiowá afirmam que a polícia estadual tem realizado ações violentas, tentando um despejo sem mandado judicial.
- Os indígenas pedem a presença da Coordenação Regional da Funai de Dourados e da Força Nacional de Segurança Pública para garantir sua proteção.
Os indígenas Guarani Kaiowá da Terra Dourados-Amambaipeguá III retomaram uma área em Porto Cambira, Mato Grosso do Sul, na noite de domingo. A ação ocorre em meio ao processo de demarcação de suas terras, que está em andamento desde um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2007 entre a Funai e o Ministério Público Federal (MPF).
A retomada da área gerou tensão, com relatos de ataques por homens armados. Na terça-feira, esses indivíduos invadiram o espaço, dispararam contra os indígenas e incendiaram barracos, resultando em um ferido. Os Guarani Kaiowá afirmam que a polícia estadual tem realizado ações violentas, tentando um despejo sem mandado judicial. Em nota, a Assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani denunciou que o Departamento de Operações de Fronteira de Mato Grosso do Sul tem barrado a entrada no território indígena Gwyraroka, dificultando o acesso a medicamentos e profissionais de saúde.
Os indígenas conseguiram repelir os atacantes e permanecem na área retomada, mas expressam preocupação com novos ataques. Por isso, solicitam a presença da Coordenação Regional da Funai de Dourados e da Força Nacional de Segurança Pública para garantir sua proteção. A Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá III, localizada às margens do rio Dourados, enfrenta desafios contínuos em sua demarcação, que foi interrompida em 2013 por questões administrativas, atrasando o cumprimento do TAC.
O governo do Mato Grosso do Sul foi contatado para comentar a situação, mas não houve resposta até o fechamento desta reportagem.