- O presidente da Argentina, Javier Milei, criticou a Organização das Nações Unidas (ONU) durante seu discurso na Assembleia Geral.
- Ele elogiou a política de imigração de Donald Trump e sugeriu reformas na ONU para melhorar sua eficácia.
- Milei enfrenta uma crise de confiança após derrotas nas eleições legislativas e busca apoio internacional, especialmente dos Estados Unidos.
- O presidente reafirmou alianças com os EUA e Israel, e mencionou a soberania argentina sobre as Malvinas.
- Ele denunciou a violência política promovida pela esquerda global e precisa conquistar um terço das cadeiras da Câmara para garantir a sustentabilidade de seu governo nas próximas eleições.
Em seu segundo discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente da Argentina, Javier Milei, criticou severamente a organização, alinhando-se à postura de Donald Trump. Milei afirmou que a ONU se afastou de sua missão original, transformando-se em uma entidade que busca controlar não apenas os Estados, mas também os indivíduos. Ele destacou que a ONU “engrossou suas contribuições e reduziu seus resultados”, sugerindo reformas para restaurar seu prestígio.
Durante o discurso, Milei fez uma defesa contundente da política de imigração de Trump, elogiando suas ações para conter a imigração ilegal. O presidente argentino declarou que “Trump evitou uma catástrofe nos Estados Unidos” e que, em outros países, “já é tarde demais”. O apoio de Trump à reeleição de Milei foi um ponto central, especialmente após uma reunião bilateral entre os dois líderes.
Crise de Confiança
O discurso ocorreu em um momento delicado para Milei, que enfrenta uma crise de confiança após derrotas nas eleições legislativas na província de Buenos Aires. O presidente argentino busca apoio internacional, especialmente dos EUA, para estabilizar seu governo. Ele também abordou a necessidade de um equilíbrio entre o presente e o futuro, criticando políticos populistas.
Além disso, Milei reafirmou alianças com os EUA e Israel, e mencionou a soberania argentina sobre as Malvinas. O presidente, acompanhado de ministros e sua irmã, Karina, tem um encontro agendado com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, e participará de um evento de gala em Nova York, onde receberá um prêmio do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
Desafios Políticos
Milei também denunciou a violência política promovida pela esquerda global, embora não tenha especificado a que se referia em relação à Argentina. O presidente enfrenta um cenário político desafiador, com as eleições nacionais se aproximando. No dia 26 de outubro, ele precisa conquistar pelo menos um terço das 257 cadeiras da Câmara para garantir a sustentabilidade de seu governo. A oposição, especialmente os peronistas, pressiona Milei no Parlamento, e um resultado abaixo do esperado pode abrir um cenário incerto para sua administração.