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Moldávia aponta quatro formas de interferência russa nas eleições parlamentares

Primeiro-ministro denuncia ciberataques e desinformação russa antes das eleições, que definirão o futuro proeuropeu da Moldávia

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ato de campanha do partido prorrusso Bloque Patriótico em Chisináu, realizado em 29 de agosto (Foto: Reprodução)
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  • O primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean, denunciou tentativas de manipulação eleitoral pela Rússia a menos de quatro dias das eleições gerais.
  • As autoridades afirmam que Moscou busca influenciar o pleito por meio de distúrbios, fraudes, ciberataques e desinformação.
  • Recean destacou uma campanha de desinformação sem precedentes, com mais de 100 mil contas falsas removidas de plataformas como TikTok.
  • O governo moldavo enfrenta ciberataques a infraestruturas críticas, com mais de mil ataques registrados em 2025.
  • As autoridades decidiram não permitir a presença de observadores eleitorais do Kremlin devido ao temor de interferência russa.

O primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean, denunciou tentativas de manipulação eleitoral por parte da Rússia a menos de quatro dias das eleições gerais. As autoridades moldavas afirmam que Moscou busca influenciar o pleito por meio de distúrbios, fraudes, ciberataques e desinformação. As eleições decidirão se o país continuará sua trajetória em direção à União Europeia ou se retornará à influência russa.

Recean destacou que a Moldávia enfrenta uma campanha de desinformação sem precedentes, com a disseminação de notícias falsas nas redes sociais. Ele mencionou que, nas últimas semanas, plataformas como TikTok removeram mais de 100 mil contas falsas associadas a essa campanha. O primeiro-ministro também alertou sobre a presença de grupos criminosos treinados para provocar tumultos nas ruas de Chisinau.

Além disso, Recean afirmou que a Rússia estaria investindo centenas de milhões de euros para comprar votos e implementar fraudes eleitorais, como o método conhecido como “voto carrusel”. Esse esquema envolve a retirada ilegal de cédulas de votação para favorecer um partido específico. As autoridades moldavas, temendo a interferência russa, decidiram não permitir a presença de observadores eleitorais do Kremlin.

Ciberataques e Propaganda

O governo moldavo também enfrenta uma onda de ciberataques direcionados a suas infraestruturas críticas. Em 2025, foram registrados mais de mil ataques a sistemas essenciais, como os de fronteira e aeroportos. Recean afirmou que esses ataques visam semear o pânico e a desconfiança na população.

A situação se agrava com a disseminação de vídeos manipulados, incluindo deepfakes, que visam desacreditar a presidente Maia Sandu. Um vídeo recente a retrata de forma negativa, enquanto outras acusações infundadas questionam sua saúde mental e a legitimidade de seu partido. O diretor do think-tank moldavo Watchdog, Valeriu Pasa, classificou a Moldávia como um “campo de treinamento” para a guerra de informação da Rússia na Europa.

Com as eleições se aproximando, Recean fez um apelo à população moldava, enfatizando que, embora não possam controlar as ações da Rússia, podem decidir seu próprio futuro como nação.

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