- A Polícia Federal (PF) não indiciou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por obstrução de Justiça e coação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- O relatório da investigação, enviado ao ministro Alexandre de Moraes, concluiu que as ações de Zambelli se limitaram a postagens em redes sociais.
- A PF afirmou que não houve ações concretas que comprometessem as investigações, considerando suas condutas apenas retóricas.
- Zambelli está presa na Itália, onde é considerada foragida, e enfrenta uma sentença de dez anos de prisão por liderar uma invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
- O ministro Alexandre de Moraes deu um prazo de quinze dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o relatório da PF.
A Polícia Federal (PF) decidiu não indiciar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por obstrução de Justiça e coação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório da investigação, enviado ao ministro Alexandre de Moraes, concluiu que as ações da parlamentar se restringiram a postagens em redes sociais, sem impacto prático nas ações penais em andamento.
O documento destaca que, apesar de Zambelli ter manifestado a intenção de frustrar a aplicação da lei penal, não houve ações concretas que comprometessem o andamento das investigações. A PF afirmou que suas condutas não ultrapassaram o campo da retórica, não havendo provas de articulações ou contatos que pudessem interferir nas ações judiciais.
Situação Atual de Zambelli
Atualmente, Zambelli está presa na Itália, onde foi considerada foragida internacional. Ela passou semanas escondida em Roma para evitar uma sentença de 10 anos de prisão por liderar uma invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, a deputada foi condenada pelo STF a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto por envolvimento em uma perseguição armada a um homem em São Paulo.
O ministro Alexandre de Moraes abriu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o relatório da PF. Na mesma semana, a PGR denunciou outros envolvidos, como Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo, por obstrução de Justiça, revelando um cenário mais amplo de tentativas de interferência nas ações judiciais relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.