Depoimento do ‘Careca do INSS’ gera tumulto e deixa relator sem respostas

Depoimento do “Careca do INSS” na CPMI gera tumulto e impasse

Durante o depoimento de Antônio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a sessão ficou tensa e foi suspensa temporariamente. Antunes negou as acusações, rejeitou o apelido e alegou perseguição.

Antônio Carlos Antunes afirmou ser um “empreendedor nato” e classificou as acusações como “premissas equivocadas”. Ele negou qualquer ligação de suas empresas com fraudes na autarquia e afirmou que sua prosperidade é resultado de “trabalho honesto”.

Discussão acalorada e suspensão da sessão

A tensão cresceu quando o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou Antunes como “o autor do maior roubo aos aposentados da história do Brasil”. O empresário se recusou a responder às perguntas do congressista, alegando ter sido julgado previamente.

Gaspar chamou Antunes de “ladrão”, o que levou a uma discussão acalorada e à suspensão temporária da sessão. O deputado Zé Trovão (PL-SC) se exaltou e chegou a se aproximar do advogado de Antunes, o que levou o vice-presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), a suspender a sessão e acionar a Polícia Legislativa.

Sessão retomada, mas Antunes mantém silêncio

Após alguns minutos, os trabalhos foram retomados, mas Antunes manteve o silêncio diante das perguntas do relator. A estratégia esvaziou a expectativa dos membros da comissão, que classificavam o depoimento como um dos mais importantes da investigação.

Investigação continua

A CPMI segue investigando as fraudes no INSS, com foco nas ligações de Antunes e outras empresas com possíveis irregularidades. O depoimento de Antunes, apesar da tensão, é considerado crucial para o andamento das investigações.