- O deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) foi escolhido como relator do processo no Conselho de Ética da Câmara que pode levar à cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
- A escolha de Freitas é considerada um “cartão amarelo” para Eduardo, que ainda corre risco de perder o mandato.
- O Conselho instaurou o procedimento e também sorteou os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP), que são opositores de Eduardo.
- Eduardo Bolsonaro é acusado de ultrapassar os limites de seu cargo ao articular sanções contra autoridades brasileiras enquanto estava fora do país.
- A condução do processo sob Freitas pode ser menos hostil, mas a situação de Eduardo permanece delicada.
O deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) deve ser confirmado como relator do processo no Conselho de Ética da Câmara que pode resultar na cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A escolha de Freitas, que já apoiou as campanhas de Jair Bolsonaro, é vista como um “cartão amarelo” para Eduardo, que ainda enfrenta o risco de perder seu mandato.
Na última terça-feira, o Conselho instaurou o procedimento e, além de Freitas, os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP) também foram sorteados. Ambos são opositores de Eduardo e poderiam ter elaborado relatórios favoráveis à sua cassação. A escolha de Freitas, considerado um nome mais discreto, foi interpretada como uma tentativa de amenizar a situação do deputado.
Eduardo Bolsonaro é acusado de ultrapassar os limites de seu cargo ao articular sanções contra autoridades brasileiras enquanto se encontra fora do país. Ele está sob investigação por faltas não justificadas e enfrenta um processo administrativo. A tentativa de se blindar ao ser indicado para a liderança da Minoria foi barrada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que alegou que o cargo não pode ser ocupado por quem reside fora do Brasil.
Nos bastidores, a escolha de Freitas é vista como um alívio temporário para Eduardo, que ganhou tempo, mas o risco de cassação permanece. A condução do processo sob Freitas tende a ser menos hostil, mas a avaliação na Câmara é que a situação de Eduardo é delicada e sua permanência no cargo está em xeque.