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Esquerda busca apoio de líderes evangélicos e evita ‘barões da fé’ nas igrejas

Governo Lula busca reverter desaprovação de 64% entre evangélicos com diálogo e eventos, priorizando líderes de pequenas comunidades.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Janja e Anielle Franco conversam com mulheres evangélicas em Salvador (Foto: Reprodução)
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  • A deputada federal Benedita da Silva e a primeira-dama, Janja, têm promovido encontros com a comunidade evangélica para melhorar a relação com esse grupo, que apresenta resistência ao governo Lula.
  • No dia 4 de julho, elas participaram de um evento em uma igreja batista no Rio de Janeiro, reunindo cerca de 100 mulheres para discutir políticas públicas.
  • A estratégia do governo visa reverter a desaprovação de 64% entre os evangélicos, conforme pesquisa do Datafolha, enquanto apenas 33% aprovam a gestão atual.
  • Lula e Janja também participaram do podcast “Papo de Crente”, onde a primeira-dama cantou um louvor para se conectar com a base religiosa.
  • A abordagem do governo foca em pastores de pequenas e médias comunidades, buscando apoio de líderes que não estão alinhados com figuras conservadoras.

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e a primeira-dama, Janja, têm promovido encontros com a comunidade evangélica para estreitar laços com esse segmento, que apresenta resistência ao governo Lula. No dia 4 de julho, elas participaram de um evento em uma igreja batista em São Cristóvão, no Rio, reunindo cerca de 100 mulheres. O objetivo foi realizar uma “escuta ativa” sobre políticas públicas.

A aproximação com os evangélicos é uma estratégia do governo para reverter a desaprovação, que, segundo pesquisa do Datafolha, atinge 64% entre os evangélicos. Em contrapartida, apenas 33% aprovam a gestão atual. Recentemente, Lula e Janja participaram do podcast “Papo de Crente”, onde a primeira-dama cantou um louvor, buscando conectar-se com a base religiosa.

A estratégia do governo foca em líderes religiosos que não estão alinhados com figuras midiáticas conservadoras, como Silas Malafaia, e prioriza pastores de pequenas e médias comunidades. Alexandre Brasil, professor da UFRJ, destaca a pluralidade do universo evangélico, que inclui muitas lideranças que não se identificam com o bolsonarismo.

Pastores como Sérgio Dusilek, que apoiaram Lula em 2022, enfatizam a importância do diálogo com a base evangélica. Dusilek sugere que o governo deve se concentrar em pastores que têm contato direto com as comunidades, em vez de buscar apoio apenas nas grandes igrejas. Essa abordagem é vista como uma forma de alcançar um “centrão conservador” que pode ser receptivo às pautas do governo.

Por outro lado, a crítica à bancada evangélica é recorrente entre os que se opõem à instrumentalização da religião para fins políticos. O deputado federal Henrique Vieira (PSOL-RJ) ressalta que a esquerda deve evitar replicar as táticas da direita, buscando uma igreja que respeite a liberdade de expressão e não use o Evangelho como plataforma política.

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