- O Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) da Casa Branca orientou agências federais a se prepararem para demissões em massa caso ocorra uma nova paralisação do governo a partir de 30 de setembro.
- O memorando sugere que programas sem obrigação legal de continuidade sejam os primeiros a sofrer cortes, o que pode resultar na eliminação permanente de empregos.
- A nova diretriz aumenta as tensões nas negociações orçamentárias, com a oposição democrata exigindo concessões, enquanto o presidente Donald Trump pressiona por uma extensão “limpa”.
- O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou a abordagem do governo, afirmando que as demissões visam intimidar.
- Paralisações anteriores já causaram o fechamento de parques nacionais e atrasos em serviços essenciais, afetando milhões de servidores federais.
O Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) da Casa Branca orientou agências federais a se prepararem para demissões em massa caso uma nova paralisação do governo ocorra a partir de 30 de setembro. O memorando, obtido pela CNN, sugere que programas sem obrigação legal de continuidade sejam os primeiros a sofrer cortes, o que pode resultar na eliminação permanente de empregos.
Essa nova diretriz intensifica as tensões nas negociações orçamentárias, com a oposição democrata exigindo concessões, como a extensão dos subsídios do Affordable Care Act. O presidente Donald Trump, por sua vez, rejeita qualquer negociação e pressiona por uma extensão “limpa”. O OMB expressou esperança de que os democratas não provoquem uma paralisação, afirmando que as medidas de demissão não serão necessárias.
Críticas e Consequências
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou a abordagem do governo, afirmando que as demissões visam intimidar e não governar. Ele destacou que essas ações podem ser contestadas judicialmente, assim como ocorreu em situações anteriores. O site Politico foi o primeiro a divulgar os detalhes do memorando, que ainda não foi publicado oficialmente.
A nova orientação do OMB se soma a esforços anteriores do governo Trump para reduzir a força de trabalho federal. Em fevereiro, um decreto já havia sido assinado, exigindo planos de cortes em larga escala. Especialistas alertam que essa estratégia de vincular demissões a uma possível paralisação orçamentária pode ser prejudicial. Bobby Kogan, ex-funcionário do OMB, classificou a medida como uma forma de extorsão.
Impacto Potencial
Em março, uma paralisação iminente poderia ter afetado 1,4 milhão de servidores federais, com quase 900 mil em licença não remunerada. Paralisações anteriores já causaram o fechamento de parques nacionais e atrasos em serviços essenciais. O OMB informou que recebeu planos de fechamento de várias agências, mas serviços críticos, como Previdência Social e controle aéreo, não seriam interrompidos. Contudo, milhares de trabalhadores podem enfrentar a falta de remuneração.