- Os peruanos se preparam para as eleições gerais de 2026, que incluirão a escolha de um novo presidente, senadores e deputados.
- A cédula eleitoral terá dimensões recordes de 42×44 cm, com 39 agrupações políticas e mais de 10 mil candidatos.
- A disputa contará com 117 candidatos à presidência, 3.354 para senadores, 6.162 para deputados e 624 para o Parlamento Andino.
- A baixa intenção de voto é preocupante, com 38% dos peruanos indicando que podem anular ou votar em branco.
- A aprovação do Congresso é alarmante, com apenas 3% de apoio popular, refletindo a desconfiança da população.
Os peruanos se preparam para as eleições gerais de 2026, onde escolherão um novo presidente, senadores e deputados. O cenário político é marcado por fragmentação e desconfiança, refletindo a complexidade do processo eleitoral.
A cédula eleitoral terá dimensões recordes de 42×44 cm, abrigando 39 agrupações políticas e mais de 10 mil candidatos. Essa cédula, maior que um cartão de pizza familiar, será um desafio para os eleitores, que enfrentarão uma folha com cinco colunas repletas de símbolos e nomes. O chefe da Oficina Nacional de Processos Eleitorais (ONPE), Piero Corvetto, classificou a eleição como a mais complexa da história do Peru.
A disputa contará com 117 candidatos à presidência, 3.354 para senadores, 6.162 para deputados e 624 para o Parlamento Andino. No total, serão 10.257 candidatos em um processo que envolverá 93.650 mesas de votação em todo o país. A baixa intenção de voto é preocupante, com pesquisas indicando que 38% dos peruanos podem optar por anular ou votar em branco.
O politólogo Carlos León Moya aponta que a fragmentação política é resultado do personalismo, onde candidatos buscam uma chance em vez de construir uma proposta sólida. Ele observa que a vitória de Pedro Castillo em 2021 incentivou muitos a tentarem a sorte nas eleições, mesmo com percentuais de intenção de voto muito baixos.
A politóloga Paula Távara destaca que a falta de alianças eleitorais contribui para o aumento do número de partidos, refletindo interesses pessoais em vez de uma construção democrática. A aprovação do Congresso é alarmante, com apenas 3% de apoio popular, o que intensifica o desencanto da população. A expectativa é que a confusão aumente com a cédula gigante, dificultando a escolha dos eleitores.