- O Centro de Progressão Penitenciária do Butantã, única unidade prisional feminina de São Paulo, enfrenta problemas de segurança e condições precárias.
- No dia 18 de setembro, um casal invadiu a unidade, rendeu funcionários e ajudou na fuga de uma detenta.
- A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) reconheceu falhas de segurança e iniciou investigações sobre o incidente.
- A falta de um sistema de videomonitoramento completo dificulta a identificação dos invasores.
- Um relatório da Defensoria Pública apontou violações de direitos humanos, como a falta de itens básicos e atendimento médico para as detentas.
O Centro de Progressão Penitenciária do Butantã, única unidade prisional feminina do estado de São Paulo, enfrenta sérios problemas de segurança e condições degradantes. No último dia 18, um casal invadiu a unidade, rendeu funcionários e facilitou a fuga de uma detenta que cumpria pena por furto. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) reconheceu as falhas de segurança e iniciou investigações sobre o incidente.
A falta de imagens do local, devido à instalação incompleta do sistema de videomonitoramento, dificulta a identificação dos responsáveis pela invasão. A SAP informou que a conclusão do sistema está prevista para o final de setembro e que projetos estruturais para melhorar a segurança estão em andamento. A polícia militar foi acionada e realiza buscas na região, enquanto a Polícia Civil investiga o caso.
Fábio Jabá, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, destacou que a fragilidade da unidade já havia sido denunciada anteriormente. Ele apontou problemas como a falta de pessoal e as condições inadequadas do prédio, que não foi projetado para ser uma prisão. Além disso, a regulamentação do uso de armas por policiais penais em São Paulo só foi finalizada em 2022, o que limita a segurança da unidade.
As condições de vida das detentas também são preocupantes. Um relatório do Núcleo Especializado em Situação Carcerária (NESC) da Defensoria Pública, divulgado no ano passado, revelou violações de direitos humanos, como a falta de banho de sol, itens de higiene feminina e atendimento médico. Com capacidade para 1.412 detentas, a unidade abriga atualmente 1.029 mulheres, mas as condições precárias persistem.