- O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pode não participar da COP30 em Belém, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro.
- Sua ausência é atribuída a divergências internas no governo trabalhista e problemas de infraestrutura na cidade-sede.
- Ed Miliband, ministro de Energia, foi designado para representar o Reino Unido no evento.
- A falta de Starmer contrasta com suas críticas a Rishi Sunak, que não compareceu à COP27.
- Ambientalistas alertam que a ausência pode ser vista como um retrocesso nas promessas climáticas do Reino Unido.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pode não comparecer à COP30, que ocorrerá em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro. Segundo informações do Financial Times, sua ausência é resultado de divergências internas no governo trabalhista e problemas de infraestrutura na cidade-sede.
A decisão sobre a participação de Starmer na cúpula climática gerou debates acalorados entre seus assessores. Enquanto alguns defendem sua presença para reafirmar o compromisso britânico com a agenda climática, outros argumentam que ele deve focar em questões internas, especialmente considerando a percepção de eleitores do Reform UK sobre a relevância do evento.
Ed Miliband, atual ministro de Energia, foi designado para representar o Reino Unido na COP30. A resistência de Miliband a uma possível mudança de cargo, proposta por Starmer, é vista como uma tentativa de minimizar a ênfase nas políticas de neutralidade de carbono. A ausência do primeiro-ministro contrasta com suas críticas ao ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, que não compareceu à COP27 no Egito. Na ocasião, Starmer afirmou que, se fosse chefe de governo, estaria presente para dialogar com líderes mundiais.
A situação é acompanhada de perto por ambientalistas e ex-conselheiros, que alertam que a falta de um representante britânico pode ser interpretada como um retrocesso nas promessas climáticas do país. Michael Jacobs, professor da Universidade de Sheffield, destacou que isso poderia beneficiar figuras como Donald Trump em relação ao Acordo de Paris. Além disso, a falta de infraestrutura adequada em Belém, com diárias de hospedagem chegando a US$ 2 mil, também pesa na decisão de Starmer. Um membro do governo britânico descreveu a organização do evento como “totalmente caótica”.