- Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, foi condenado a cinco anos de prisão por associação ilícita no financiamento de sua campanha de 2007 com recursos do regime de Muamar Gaddafi.
- A decisão foi anunciada pelo tribunal de Paris em 25 de outubro e inclui uma multa de 100 mil euros.
- Sarkozy foi absolvido de acusações de corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha, mas foi considerado responsável por permitir que seus colaboradores buscassem apoio financeiro da Líbia.
- A promotoria havia solicitado uma pena de sete anos, considerando Sarkozy o principal responsável por um pacto corrupto com Gaddafi.
- Além de Sarkozy, outras 11 pessoas foram processadas, e ele planeja recorrer da decisão, que pode impactar sua vida política e pessoal.
Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, foi condenado a cinco anos de prisão por associação ilícita no financiamento de sua campanha de 2007 com recursos do regime de Muamar Gaddafi. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, 25 de outubro, pelo tribunal de Paris, que também impôs uma multa de 100 mil euros.
O tribunal absolveu Sarkozy de acusações de corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha, mas considerou que ele permitiu que seus colaboradores buscassem apoio financeiro da Líbia. A promotoria havia solicitado uma pena de sete anos, considerando o ex-presidente o principal responsável por um pacto corrupto com Gaddafi, que buscava melhorar sua imagem internacional.
Sarkozy, de 70 anos, já enfrentou diversas investigações e condenações por corrupção e tráfico de influência. A nova sentença se soma a outras duas já recebidas, incluindo uma por financiamento ilegal de sua campanha de 2012. Durante o julgamento, ele negou irregularidades e afirmou que o processo é politicamente motivado.
Desdobramentos do Caso
Além de Sarkozy, outras 11 pessoas foram processadas, incluindo Claude Guéant e Brice Hortefeux, que também enfrentaram condenações. O caso se baseia em depoimentos de ex-dirigentes líbios e transferências financeiras que sustentam as acusações. A presidente do tribunal, Nathalie Gavarino, destacou que não foi possível rastrear o uso dos fundos na campanha presidencial.
A condenação ocorre em um contexto de crescente pressão sobre Sarkozy, que já havia sido o primeiro ex-chefe de Estado francês a receber uma pena de prisão efetiva, com uso de tornozeleira eletrônica em um caso anterior. Ele planeja recorrer da decisão e aguarda a definição da pena, que pode impactar sua vida política e pessoal.
Sarkozy, que governou a França de 2007 a 2012, continua a ser uma figura influente na política, mantendo diálogo com o atual presidente, Emmanuel Macron. A situação jurídica do ex-presidente permanece complexa, com novas investigações e desdobramentos relacionados ao financiamento de suas campanhas.