- Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, perdeu a Legião de Honra após ser condenado por corrupção.
- O decreto foi publicado no dia quinze de setembro.
- Sarkozy foi condenado a três anos de prisão, com um ano em regime fechado.
- O presidente da República, Emmanuel Macron, expressou descontentamento com a decisão, ressaltando a importância de respeitar ex-presidentes.
- As investigações contra Sarkozy começaram em dois mil e quatorze, relacionadas ao financiamento de sua campanha de dois mil e sete.
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy perdeu a Legião de Honra, a mais alta condecoração do país, após ser condenado por corrupção. O decreto foi publicado no último domingo, 15. Sarkozy, que já enfrentou diversos julgamentos desde que deixou o cargo em 2012, foi condenado a três anos de prisão, dos quais um ano é em regime fechado.
O ex-presidente, de 70 anos, usou uma tornozeleira eletrônica até maio, após o tribunal de apelações manter sua condenação por corrupção e tráfico de influências. Segundo o código da Legião de Honra, pessoas condenadas a penas de um ano ou mais são excluídas da ordem.
Reação do Presidente
O atual presidente, Emmanuel Macron, manifestou descontentamento com a decisão, afirmando que é crucial respeitar ex-presidentes, mesmo aqueles envolvidos em escândalos. Macron destacou que Sarkozy foi eleito e merece consideração, independentemente de suas questões legais.
Sarkozy continua a ser uma figura influente na política francesa, especialmente entre os conservadores. Ele mantém uma relação próxima com Macron, interagindo regularmente com o chefe de Estado.
Contexto das Acusações
As investigações contra Sarkozy começaram em 2014, quando seus telefones foram grampeados em uma investigação sobre o suposto financiamento da Líbia para sua campanha de 2007. Durante as escutas, foi descoberta uma terceira linha telefônica, sob o pseudônimo “Paul Bismuth”, que ele usava para se comunicar com seu advogado, Thierry Herzog.
A acusação alega que Sarkozy e Herzog organizaram um acordo de corrupção com Gilbert Azibert, procurador do Tribunal de Cassação, que teria oferecido ajuda em troca de um cargo em Mônaco. A situação de Sarkozy continua a gerar repercussões significativas na política francesa.