- O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, acusados de integrar um esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas.
- O ministro André Mendonça votou pela manutenção da prisão, que foi decretada no dia 12, no âmbito da Operação Sem Desconto da Polícia Federal.
- Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Nunes Marques devem registrar seus votos até 3 de outubro.
- A Polícia Federal aponta Antunes como lobista e intermediador do esquema que promoveu descontos indevidos em benefícios previdenciários, desviando recursos que chegariam a 2 bilhões de reais em um ano.
- Camisotti é investigado como beneficiário direto das fraudes. As investigações revelaram movimentações de 53,5 milhões de reais e uma rede de empresas para lavagem de dinheiro.
- A polícia identificou a compra de uma casa nos Estados Unidos, viagens frequentes ao exterior e a posse de veículos de luxo, entre eles quatro Porsches e quatro BMWs, reforçando o risco de fuga.
- Antunes prestou depoimento à CPMI do INSS, no Congresso, onde negou envolvimento no esquema e afirmou que sua prosperidade é fruto de “trabalho honesto”. Ele também reclamou do apelido de “Careca do INSS” e disse que sua prisão foi fundamentada em “mentiras”.
- A decisão final do STF definirá se Antunes e Camisotti permanecem presos durante a investigação ou se poderão responder em liberdade.
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira, 26, o julgamento da prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti. Ambos são acusados de integrar um esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas. O ministro André Mendonça votou pela manutenção da prisão, que foi decretada no dia 12, no âmbito da Operação Sem Desconto da Polícia Federal. Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Nunes Marques ainda devem registrar seus votos até 3 de outubro.
Investigações e Acusações
Segundo a Polícia Federal, Antunes é apontado como lobista e intermediador do esquema que promoveu descontos indevidos em benefícios previdenciários, desviando recursos que chegariam a 2 bilhões de reais em um ano. Parte do dinheiro teria sido repassada a servidores do INSS, familiares e empresas ligadas a eles. Camisotti é investigado como beneficiário direto das fraudes. As investigações revelaram que o Careca e pessoas próximas movimentaram 53,5 milhões de reais, além de manter uma rede de empresas usada para lavagem de dinheiro.
Evidências e Riscos
A polícia identificou a compra de uma casa nos Estados Unidos, viagens frequentes ao exterior e a posse de veículos de luxo, entre eles quatro Porsches e quatro BMWs. Esses indícios reforçaram a tese de risco de fuga. Na quinta-feira, 25, Antunes prestou depoimento à CPMI do INSS, no Congresso, onde negou envolvimento no esquema e afirmou que sua prosperidade é fruto de “trabalho honesto”. Ele também reclamou do apelido de “Careca do INSS” e disse que sua prisão foi fundamentada em “mentiras”.
Decisão do STF
A decisão final do STF definirá se Antunes e Camisotti permanecem presos durante a investigação ou se poderão responder em liberdade. A análise da Segunda Turma do tribunal está em andamento, com os votos dos ministros sendo registrados até 3 de outubro. Gilmar Mendes declarou-se impedido de participar do julgamento.