- A CPMI do INSS investiga supostos desvios de recursos previdenciários por diversas entidades, incluindo a Conafer, acusada de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
- O presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, foi preso em flagrante durante depoimento à CPMI por falso testemunho, após contradições sobre o envolvimento da entidade em descontos indevidos.
- Lopes foi liberado após pagar fiança, mas o valor não foi divulgado.
- Documentos mostram que a Conafer registrou o maior crescimento em descontos indevidos, saltando de 400 mil para 202 milhões de reais entre 2019 e 2023, com suspeita de cobranças sem autorização e uso de assinaturas falsas.
- Essa foi a segunda prisão decretada pela CPMI em menos de uma semana, aumentando a pressão sobre entidades suspeitas de fraudes contra aposentados.
Presidente da Conafer é preso em flagrante na CPMI do INSS
Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), foi preso em flagrante durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A prisão ocorreu após Lopes apresentar contradições em suas respostas sobre o envolvimento da entidade em descontos indevidos em benefícios previdenciários. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, afirmou que Lopes “mentiu deliberadamente à comissão, mesmo após jurar dizer a verdade”.
Aumento de descontos indevidos
Documentos da Controladoria-Geral da União mostram que a Conafer registrou o maior crescimento entre entidades que realizam descontos em benefícios do INSS, saltando de 400 mil para 202 milhões de reais entre 2019 e 2023. Investigações apontam que parte desses valores teria origem em cobranças feitas sem autorização dos segurados, inclusive com uso de assinaturas falsas de pessoas já falecidas.
Liberação após pagamento de fiança
Apesar da prisão, Carlos Roberto Ferreira Lopes foi liberado ainda na madrugada após pagar fiança. O valor não foi informado pela Polícia Legislativa. Essa foi a segunda prisão decretada pela CPMI em menos de uma semana, intensificando a pressão sobre entidades suspeitas de operar o esquema de fraudes contra aposentados em todo o País.
