- A Apple removeu o aplicativo ICEBlock da App Store após alegações da Procuradora Geral da Flórida, Pam Bondi, de que o app colocava em risco agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos Estados Unidos (ICE).
- O desenvolvedor do aplicativo, Joshua Aaron, contestou a decisão, afirmando que a remoção foi influenciada por pressão política e que o ICEBlock, com mais de 1,1 milhão de usuários, era seguro e não compartilhava dados dos usuários.
- Bondi descreveu o aplicativo como uma ferramenta que “coloca em risco a vida de agentes”, enquanto Aaron afirmou que a Apple não apresentou evidências concretas de que o app causasse danos.
- A Apple já havia removido outros aplicativos controversos, como o HKMap, sob alegações de que eram usados para direcionar violência contra autoridades.
- A administração Trump intensificou a fiscalização de aplicativos que poderiam incitar violência, gerando um ambiente de vigilância sobre plataformas digitais.
A Apple removeu recentemente o aplicativo ICEBlock da App Store, após alegações da Procuradora Geral da Flórida, Pam Bondi, de que o app colocava em risco agentes da ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA). O desenvolvedor do aplicativo, Joshua Aaron, contestou a decisão, afirmando que a remoção foi influenciada por pressão política e que o ICEBlock, que contava com mais de 1,1 milhão de usuários, era seguro e não compartilhava dados.
O aplicativo, que permite reportar avistamentos de agentes da ICE de forma anônima, foi descrito por Bondi como uma ferramenta que “coloca em risco a vida de agentes”. Em resposta, Aaron declarou que a Apple não apresentou evidências concretas de que o app causasse danos. “A afirmação de que o ICEBlock serve para prejudicar oficiais é patentemente falsa”, afirmou.
A pressão sobre plataformas digitais para restringir conteúdos relacionados a movimentos sociais não é novidade. Em 2019, a Apple já havia removido o aplicativo HKMap, que permitia que manifestantes em Hong Kong rastreassem a movimentação das forças de segurança. Na época, o CEO da Apple, Tim Cook, justificou a remoção alegando que o app estava sendo utilizado para direcionar violência contra policiais.
Contexto Político
A administração Trump intensificou a fiscalização de aplicativos e conteúdos digitais que, segundo eles, poderiam incitar violência ou desordem. A retórica em torno de movimentos como antifa tem gerado um ambiente de vigilância sobre plataformas digitais, com alegações de que aplicativos como o ICEBlock poderiam ser considerados apoio a atividades terroristas.
A Apple ainda não se manifestou oficialmente sobre a remoção do ICEBlock. O debate sobre liberdade de expressão e a responsabilidade das empresas de tecnologia em moderar conteúdos continua a ser um tema polêmico no cenário atual.