- Senado instalará na próxima terça-feira (4) a CPI do Crime Organizado, proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
- A iniciativa responde à Operação Contenção, que mira o Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
- A comissão investigará a expansão, o financiamento e a infiltração de facções e milícias em instituições públicas no Brasil.
- A CPI do Narcotráfico, encerrada em 2000, teve 350 depoimentos e 800 indiciados, porém poucas condenações; o relatório mostrou infiltração do narcotráfico nas estruturas estatais e lavagem de dinheiro, com impacto prático limitado. O cenário atual, segundo Magno Malta (PL-ES), é ainda mais grave, com o crime organizado se expandindo para combustíveis e internet clandestina.
- Os objetivos são desmantelar redes criminosas complexas no país, entender como as organizações se infiltram em órgãos públicos e usar esquemas de lavagem para sustentar atividades; analistas destacam que a atual CPI enfrentará uma rede corporativa criminosa mais complexa, tornando o desafio o desmantelamento dessas estruturas.
O Senado brasileiro instala nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE). A iniciativa surge em resposta à Operação Contenção, que visa combater o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. A nova CPI investigará a expansão, o financiamento e a infiltração de facções e milícias em instituições públicas no Brasil.
A CPI do Narcotráfico, encerrada em 2000, foi um marco na investigação do tráfico de drogas, com mais de 350 depoimentos e 800 indiciados, mas resultou em poucas condenações. O relatório da comissão revelou a infiltração do narcotráfico nas estruturas estatais e a lavagem de dinheiro, mas teve impacto prático limitado. O cenário atual, segundo o senador Magno Malta (PL-ES), que também participou da CPI de 2000, é ainda mais grave, com o crime organizado se expandindo para áreas como combustíveis e internet clandestina.
Objetivos da Nova CPI
A nova CPI tem como foco desmantelar as redes criminosas complexas que operam em todo o país. Além de investigar o financiamento das facções, a comissão buscará entender como essas organizações se infiltram em instituições públicas e utilizam esquemas de lavagem de dinheiro para sustentar suas atividades. A expectativa é que a CPI traga à tona a realidade do narcoterrorismo institucionalizado, que, segundo Malta, é ignorado pelas autoridades.
Analistas de segurança pública destacam que, ao contrário da CPI de 2000, que tratou da corrupção relacionada ao tráfico, a atual enfrentará uma rede corporativa criminosa muito mais complexa. O desafio será não apenas diagnosticar, mas efetivamente desmantelar essas estruturas que se tornaram conglomerados criminosos.