- A CPMI do INSS aprovou, nesta quinta-feira, 9 de outubro, a quebra dos sigilos bancário e fiscal de dirigentes do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi).
- Entre os vice-presidentes da entidade está Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que alimenta críticas sobre proteção a familiares, mesmo sem investigação direta sobre ele.
- Além da quebra de sigilos, a CPMI solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações sobre movimentações entre 2020 e 2025, como parte da Operação Sem Desconto, que apura irregularidades que podem ter causado prejuízos de até R$ 6,3 bilhões aos beneficiários do INSS entre 2019 e 2024.
- Os alvos da apuração incluem o atual presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, a esposa dele e o ex-presidente falecido João Batista Inocentini.
- No depoimento, Souza Filho optou por ficar em silêncio, amparado por habeas corpus; o presidente da CPMI, Carlos Viana, criticou o uso da legislação para blindar pessoas próximas ao governo.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira, 9 de outubro, a quebra dos sigilos bancário e fiscal de dirigentes do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). Entre os vice-presidentes da entidade está Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora ele não esteja sendo investigado diretamente, sua posição gera críticas sobre possíveis proteções a familiares.
Além da quebra de sigilos, a CPMI solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações sobre movimentações financeiras entre 2020 e 2025. Essa ação é parte da Operação Sem Desconto, que apura irregularidades que podem ter causado prejuízos de até R$ 6,3 bilhões aos beneficiários do INSS entre 2019 e 2024. Os alvos da investigação incluem o atual presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, sua esposa e o ex-presidente falecido, João Batista Inocentini.
Depoimento e Silêncio
Durante o depoimento, Souza Filho optou por permanecer em silêncio, amparado por um habeas corpus que o isentou de responder a perguntas. O presidente da CPMI, Carlos Viana, expressou descontentamento com a situação, afirmando que a legislação está sendo utilizada para blindar pessoas próximas ao governo. A defesa do dirigente alegou que ele estava sem condições psicológicas para depor, após um incidente em que seu imóvel foi arrombado durante a operação da Polícia Federal.
Souza Filho, ao se manifestar, negou envolvimento em fraudes e reafirmou o compromisso do Sindnapi com a verdade, mencionando que a entidade denunciou práticas fraudulentas no INSS. Apesar disso, ele se recusou a responder perguntas sobre a origem dos recursos do sindicato e o número de associados. O relator da CPMI, Alfredo Gaspar, tentou um acordo para que o depoente respondesse apenas a perguntas não incriminatórias, mas Souza Filho rejeitou a proposta. A CPMI possui documentos que, segundo Viana, comprovam a participação do Sindnapi em irregularidades.