- A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (9) a nova fase da Operação Sem Desconto, com 66 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal, cumpridos na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) e em residências de dirigentes.
- A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mira inserção de dados falsos em sistemas oficiais e a formação de uma organização criminosa, com prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo mais de 100 suspeitos.
- Foram apreendidos carros de luxo, equipamentos eletrônicos, armas e documentos; em Sergipe, caixas com grande volume de papéis relevantes para as investigações.
- Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, deverá depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS na mesma data da operação; o senador Carlos Viana ressaltou a importância do depoimento.
- O Sindnapi informou que se colocou à disposição da Justiça, afirmou surpresa com a operação e negou envolvimento em delitos, assegurando transparência e cooperação com as apurações da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU).
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (9) uma nova fase da Operação Sem Desconto, cumprindo 66 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal. A operação tem como alvo o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que é investigado por envolvimento em um esquema de descontos indevidos no INSS. O prejuízo estimado com essas fraudes é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A ação ocorre em meio a investigações que já resultaram na demissão de dirigentes e na prisão de operadores do esquema, como Antônio Carlos Camilo Antunes. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e visam aprofundar as apurações sobre a inserção de dados falsos em sistemas oficiais e a constituição de uma organização criminosa.
Desdobramentos da Operação
Os mandados estão sendo cumpridos em locais estratégicos, incluindo a sede do Sindnapi e residências de dirigentes. A PF informou que foram apreendidos carros de luxo, equipamentos eletrônicos, armas e documentos. Em Sergipe, foram encontradas caixas com uma quantidade significativa de documentos que podem ser relevantes para a investigação.
O presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, irá depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS na mesma data da operação. O senador Carlos Viana destacou a importância do depoimento, mencionando que a polícia está executando mandados no sindicato enquanto Souza Filho presta esclarecimentos.
Reações do Sindnapi
Em nota, o Sindnapi expressou surpresa com a operação e afirmou que seus advogados não tiveram acesso ao inquérito policial. O sindicato reiterou seu compromisso com a legalidade e a defesa dos interesses de seus associados, negando qualquer prática de delitos. A entidade também destacou que irá comprovar a lisura de suas atividades.
As investigações da PF têm como objetivo identificar os valores exatos desviados e o envolvimento de mais de 100 suspeitos em diversos estados. A situação continua a ser monitorada, e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam.