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STF fixa prazo para Congresso legislar contra perda de empregos

Supremo Tribunal Federal decide, por unanimidade, que Congresso Nacional tem dois anos para editar leis de proteção contra desemprego causado pela automação e IA

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
STF colocou prazo para Congresso Nacional legislar contra perda de empregos por automação. (Foto: Gustavo Moreno / STF)
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  • O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, de forma unânime, que o Congresso tem dois anos para criar leis que protejam trabalhadores da perda de empregos causada pela automação e pela IA.
  • A decisão foi proferida durante o julgamento da ADO 73, na quinta-feira, 9 de outubro.
  • O presidente do STF, Edson Fachin, afirmou a omissão do Congresso em regulamentar o artigo 7º, inciso XXVII, da Constituição, que garante proteção aos trabalhadores contra automação; a PGR sustentou que essa proteção é direito fundamental a ser regulamentado por lei.
  • O relator da matéria, ministro Luís Roberto Barroso, ressaltou que mais de cinquenta por cento dos empregos atuais podem desaparecer com a automação e destacou que o objetivo é capacitar trabalhadores e criar redes de proteção social durante a transição; ele afirmou ainda que “o motorista de Uber não vai se transformar em programador”.
  • O ministro Flávio Dino também defendeu a necessidade de legislação, entendendo que o desemprego tecnológico exige equilíbrio entre livre iniciativa e valores sociais do trabalho.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma unânime, que o Congresso Nacional tem dois anos para criar leis que protejam os trabalhadores da perda de empregos causada pela automação e pela Inteligência Artificial (IA). A decisão foi proferida durante o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 73, na última quinta-feira, 9 de outubro.

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, destacou que os parlamentares têm se omitido em regulamentar o artigo 7º, inciso XXVII, da Constituição, que garante aos trabalhadores o direito à proteção contra a automação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que essa proteção é um direito fundamental que deve ser regulamentado por lei.

Perda de Empregos e Transição Tecnológica

O relator da matéria, ministro Luís Roberto Barroso, enfatizou a urgência da questão, mencionando que mais de 50% dos empregos atuais podem desaparecer devido à automação. Barroso ressaltou que o objetivo não é impedir o avanço tecnológico, mas sim garantir a capacitação dos trabalhadores e a criação de redes de proteção social durante a transição para a nova economia.

Ele observou que, apesar do surgimento de novas oportunidades de trabalho, a transição não é simples, afirmando que “o motorista de Uber não vai se transformar em programador”. O ministro Flávio Dino também apoiou a necessidade de uma legislação, considerando que o desemprego tecnológico demanda uma harmonia entre a livre iniciativa e os valores sociais do trabalho.

A decisão do STF marca um passo significativo na proteção dos trabalhadores diante das mudanças trazidas pela automação, que afetam diretamente o mercado de trabalho.

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