- A reforma do Bürgergeld, liderada por Friedrich Merz, inclui a mudança de nome para Grundsicherung (seguro básico) e regras mais severas.
- Quem faltar a três compromissos na Oficina de Emprego sem justificativa perde o benefício integral; na quarta ausência pode haver perda da moradia.
- O acordo foi firmado entre os partidos da coalizão SPD e CSU, com Bärbel Bas ressaltando que a mudança era inevitável para tornar o subsídio mais popular.
- Merz afirma que a reforma faz parte de um esforço maior para modernizar o Estado de bem‑estar social diante do envelhecimento da população e de pressões orçamentárias, além de tentar conter ataques da AfD.
- A expectativa é reduzir gastos e reforçar a necessidade de reformular o sistema de proteção social, com atenção especial ao cenário político e ao crescimento da AfD nas pesquisas.
A Bürgergeld, rede de segurança criada pelo ex-chanceler Olaf Scholz, passa por uma significativa reforma sob a liderança de Friedrich Merz, atual chanceler da Alemanha. A medida, que visava garantir um mínimo existencial para desempregados, foi alvo de críticas e caricaturas, sendo considerada uma “ajuda para holgazanes”. A nova proposta foi acordada entre os partidos da coalizão, SPD e CSU, e envolve a mudança do nome para Grundsicherung, que significa seguro básico.
A reforma não se limita apenas ao nome. As novas regras estabelecem sancões mais severas para beneficiários que não buscarem ativamente emprego. Quem faltar a três compromissos na Oficina de Emprego sem justificativa perderá o benefício integral, enquanto a quarta falta poderá resultar na perda da ajuda para moradia. Bärbel Bas, copresidenta do SPD, destacou que a mudança era inevitável, dada a pressão por uma reforma que tornasse o subsídio mais popular e menos suscetível a críticas.
A medida visa também conter os ataques do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que utiliza o Bürgergeld como um argumento contra imigrantes, afirmando que muitos beneficiários são estrangeiros. Merz, em suas declarações, frisou que a reforma é parte de um movimento mais amplo para modernizar o Estado de bem-estar social, que enfrenta desafios devido ao envelhecimento da população e pressões orçamentárias.
A expectativa é que essa mudança não apenas reduza gastos, mas também reforce a ideia de que o sistema de proteção social precisa ser reformulado em tempos de crise. O impacto da reforma será observado com atenção, especialmente em um cenário político onde a AfD ganha força nas pesquisas.