- Documentos obtidos indicam que a cidade de São Francisco pode ter enganado o público sobre a manutenção da fonte Vaillancourt, em Embarcadero Plaza, com discussões sobre demolição ocorrendo cerca de dez anos antes de serem tornadas públicas e acordos de manutenção entre a Rec (Departamento de Recreação e Parques de São Francisco), a empresa BXP e parceiros.
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- A fonte não tem água desde junho de 2024 e está cercada desde 9 de junho deste ano por questões de segurança; a BXP assumiu a manutenção da fonte e da praça em 1978, em troca de autorizações de construção.
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- O gerente geral da Rec, Phil Ginsburg, afirmou que houve conversas com a BXP oito a dez anos antes da formalização do acordo público-privado para renovar a praça; críticos dizem que a Rec não foi clara sobre suas responsabilidades legais em relação à fonte; uma carta do artista, enviada em agosto de 2025, pediu que a cidade interrompesse ações que pudessem prejudicar a fonte.
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- Renderizações do projeto divulgadas em julho de 2024 não incluíam a fonte, sugerindo design pré-determinado; na consulta pública de julho de 2025, a maioria apoiou a preservação, mas a Rec argumentou que a fonte está em estado de deterioração irreparável.
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- Uma coalizão de grupos, incluindo a família de Vaillancourt, enviou carta ao governo pedindo a preservação; Jack McCarthy, da Docomomo US, alertou sobre falta de boa-fé da cidade; documentos indicam que a BXP vê o desenvolvimento do novo parque como fato consumado, sugerindo que as obrigações de manutenção anteriores poderiam perder relevância.
Documentos recentemente obtidos revelam que a cidade de São Francisco pode ter enganado o público sobre a responsabilidade pela manutenção da fonte Vaillancourt, localizada na Embarcadero Plaza. As informações indicam que discussões sobre a demolição da fonte ocorreram cerca de dez anos antes de serem tornadas públicas, levantando preocupações sobre a transparência das autoridades.
A fonte, uma escultura brutalista criada por Armand Vaillancourt em 1971, não tem água desde junho de 2024 e está cercada desde 9 de junho deste ano devido a preocupações de segurança. A San Francisco Recreation and Park Department (Rec) e a empresa BXP, responsável pela manutenção do local, têm um histórico de acordos que datam de 1978, onde a BXP assumiu a responsabilidade pela manutenção da fonte e da praça em troca de autorizações de construção.
Acordos de Manutenção e Pressões para Demolição
O gerente geral da Rec, Phil Ginsburg, mencionou que conversas com representantes da BXP ocorreram “oito a dez anos” antes da formalização de um acordo público-privado para renovar a praça. Apesar de Ginsburg afirmar que a parceria é saudável, críticos alegam que a Rec não foi clara sobre suas responsabilidades legais em relação à fonte. Em uma carta enviada em agosto de 2025, o artista exigiu que a cidade interrompesse qualquer ação que pudesse prejudicar a fonte.
Além disso, renderizações do projeto de renovação da praça, divulgadas em julho de 2024, não incluíam a fonte, levantando suspeitas sobre um design pré-determinado. Na consulta pública de julho de 2025, a maioria dos participantes manifestou apoio à preservação da fonte, mas a Rec argumentou que estava em estado de deterioração irreparável.
Preocupações da Comunidade e Legalidade
Uma coalizão de grupos e indivíduos, incluindo a família de Vaillancourt, enviou uma carta ao governo pedindo a preservação da fonte. Jack McCarthy, membro da Docomomo US, expressou preocupações sobre a falta de boa fé da cidade em lidar com a questão da fonte. Documentos obtidos indicam que a BXP considera o desenvolvimento do novo parque como um fato consumado, sugerindo que as obrigações de manutenção anteriores não seriam mais relevantes.
Com a pressão crescente da comunidade e a falta de clareza nas comunicações oficiais, a situação da fonte Vaillancourt continua a ser um ponto de discórdia em São Francisco, refletindo uma batalha entre preservação cultural e desenvolvimento urbano.