- O governo divulgou a participação de Rosângela Lula da Silva, Janja, em seminário sobre transição energética e educação ambiental em Paris, de 19 a 21 de outubro, com viagem autorizada por decreto assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, enquanto Lula estava na Itália.
- A oposição protocolou o decreto 12.604/2025 para derrubá-lo, afirmando extrapolação de poder regulatório e gastos públicos; o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança apontou risco de criar um “precedente perigoso”.
- Questionamentos envolvem a quantidade de servidores que atendem Janja, suas funções e o impacto orçamentário; o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, disse que o cargo é simbólico e não justifica estrutura oficial.
- A instituição Autres Brésils descreveu Janja como enviada especial para mulheres na COP 30, ressaltando sua experiência em projetos de gênero e desenvolvimento sustentável.
- A participação pode ampliar a imagem do governo em temas ambientais, mas reacende o debate sobre uso da máquina pública para fins pessoais, em meio a pressão política.
O governo federal anunciou a participação da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, em um seminário sobre transição energética e educação ambiental em Paris, programado para os dias 19 a 21 de outubro. A autorização para a viagem foi concedida por meio de um decreto assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava na Itália. A medida, no entanto, gerou polêmica e críticas da oposição.
A oposição protocolou projetos visando a derrubada do decreto 12.604/2025, que amplia o acesso de Janja aos serviços do gabinete presidencial. Críticos afirmam que a medida extrapola o poder regulatório do Executivo e gera gastos desnecessários para os cofres públicos. O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança destacou que o decreto pode abrir um “precedente perigoso” ao criar estruturas administrativas para a primeira-dama, que não ocupa um cargo eletivo.
Críticas e Questionamentos
Entre os questionamentos, a oposição solicita informações sobre a quantidade de servidores que atendem Janja e suas respectivas funções. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, também argumentou que o cargo de primeira-dama é simbólico e que a criação de uma estrutura oficial para ela é inadequada. A entidade Autres Brésils, que organiza o seminário em Paris, descreveu Janja como “enviada especial para mulheres na COP 30”, ressaltando sua experiência em projetos de gênero e desenvolvimento sustentável.
A participação de Janja no evento internacional pode reforçar sua imagem e a do governo em temas ambientais, mas também intensifica o debate sobre o uso da máquina pública para fins pessoais. O evento em Paris ocorre em um contexto de crescente pressão política e questionamentos sobre a atuação da primeira-dama.