- O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes reabriu, em 16 de outubro de 2025, o inquérito que investiga a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República, para apurar relação com investigações de organização criminosa, uso de dados sensíveis e fake news.
- A PGR afirma que é essencial investigar a ligação entre a interferência e ações contra autoridades, o sistema eleitoral e instituições públicas.
- A origem remonta a 2020, quando o então ministro da Justiça Sergio Moro acusou Bolsonaro de tentar blindar investigações envolvendo familiares e aliados; a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo foi um marco desse embate.
- A Procuradoria-Geral da República destaca o uso de estruturas da Agência Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional na suposta operação, conforme os fatos apurados.
- Em investigação anterior, a Polícia Federal concluiu pela ausência de elementos suficientes para indiciar Bolsonaro, mas a PGR defende a continuidade do inquérito, que pode trazer novos desdobramentos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reabriu, nesta quinta-feira (16), o inquérito que investiga a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF). A decisão foi tomada após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que busca apurar a relação entre essa interferência e investigações de uma organização criminosa.
A investigação foi originada em 2020, quando o então ministro da Justiça, Sergio Moro, acusou Bolsonaro de tentar blindar investigações envolvendo familiares e aliados. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que é essencial investigar se a interferência está ligada a “ataques sistemáticos a autoridades, ao sistema eleitoral e a instituições públicas”.
Contexto das Acusações
Os ataques, conforme apontado pela PGR, teriam sido realizados por meio da obtenção clandestina de dados sensíveis e da propagação de fake news, utilizando estruturas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em abril de 2020, a exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, foi um ponto crucial nesse embate. Moro afirmou que a exoneração não ocorreu a seu pedido, o que levou à sua saída do governo.
Em uma investigação anterior, a PF concluiu que não havia elementos suficientes para indiciar Bolsonaro. Contudo, a PGR agora defende a continuidade do inquérito, que poderá trazer novos desdobramentos sobre os possíveis crimes e a atuação do ex-presidente. A reabertura do caso marca um novo capítulo nas investigações sobre a gestão de Bolsonaro e suas relações com a corporação policial.