- Após o anúncio de empréstimo de R$ 20 bilhões pelos Correios, a oposição intensificou a coleta de assinaturas para a CPI; o rombo de junho foi de R$ 5,6 bilhões e os lucros só devem ocorrer em 2027, com a União garantindo o crédito.
- Já são 125 das 171 assinaturas necessárias para a CPI; lideram a mobilização deputados de várias siglas, entre eles Zé Trovão, Paulo Bilynskyj e Zucco; surge ainda a proposta de CPMI envolvendo deputados e senadores.
- O deputado Alberto Neto, do PL, protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União para suspender o empréstimo, alegando risco de violação da Lei de Responsabilidade Fiscal e a possibilidade de novo escândalo fiscal.
- A oposição afirma que os Correios, pela relevância, não devem depender de socorro do Tesouro Nacional e cobra maior controle sobre a gestão, à medida que a investigação avança.
Após o anúncio do empréstimo de R$ 20 bilhões pelos Correios, a oposição intensificou a articulação para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O presidente da estatal, Emmanoel Schmidt Rondon, justificou a medida como essencial para sanar o rombo financeiro, que em junho atingiu R$ 5,6 bilhões. O empréstimo terá garantia da União e visa recuperar a saúde financeira da empresa, que, segundo previsões, só voltará a apresentar lucros em 2027.
Nesta semana, a coleta de assinaturas para a CPI já conta com 125 das 171 necessárias. Deputados de diversas legendas, como Zé Trovão, Paulo Bilynskyj e Zucco, estão à frente dessa mobilização. Além da CPI, surge a proposta de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que envolveria tanto deputados quanto senadores, ampliando a investigação sobre a governança e a transparência na estatal.
Ação no TCU
O deputado Alberto Neto, do PL, protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para suspender o empréstimo. Ele argumenta que a situação financeira dos Correios pode violar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para Neto, o rombo atual pode se transformar em um “novo escândalo fiscal”, exigindo apuração rigorosa das contas da estatal.
A situação dos Correios levanta preocupações sobre a gestão pública e a necessidade de um controle mais efetivo sobre as finanças da empresa. A oposição defende que a estatal, por sua relevância, não deve depender de socorro do Tesouro Nacional para operar. A pressão sobre o governo aumenta à medida que a investigação avança, com a expectativa de que a CPI ou CPMI possa trazer à tona questões cruciais sobre a administração dos Correios.