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Partido socialista francês defende taxação de fortunas para capitalizar a crise

Partido Socialista propõe a Zucman tax, taxa de dois por cento sobre fortunas acima de €100 milhões, para financiar o orçamento de 2026, enquanto Lecornu enfrenta moções de desconfiança

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Boris Vallaud addressing parliament on Wednesday. The Socialist party says it will not join the other opposition parties in attempting to topple the government.
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  • Crise política na França intensifica-se: o primeiro-ministro Sébastien Lecornu, reconduzido recentemente, enfrenta desafios enquanto o parlamento se prepara para debates orçamentários de 2026 e possíveis mudanças nas reformas da pensão de 2023.
  • Partido Socialista propõe a Zucman tax, taxa de riqueza de 2% sobre fortunas acima de €100 milhões, atingindo cerca de 0,01% dos contribuintes, para capitalizar a crise e pressionar pela votação do orçamento de 2026; Boris Vallaud destaca a medida como prioridade.
  • O parlamento deve realizar dois testes de moção de desconfiança contra Lecornu, que deve sobreviver, especialmente após o PS decidir não participar da tentativa de derrubá-lo; o objetivo é aprovar o orçamento de 2026 com déficit de 5,4% para 4,7% do PIB.
  • Cortes superiores a € 30 bilhões estão em jogo, com redução de isenções fiscais para empresas e novas taxas; Lecornu promete suspender as mudanças na idade de aposentadoria para obter apoio socialista, adiando de 62 para 64 anos.
  • Perspectiva econômica: a Zucman tax poderia render até € 20 bilhões anuais, mas economistas estimam valor próximo de € 5 bilhões; centrists de Macron resistem, temendo saída de ricos do país; Lecornu sinaliza possibilidade de taxa excepcional sobre grandes fortunas para compensar custos da suspensão previdenciária.

A crise política na França continua a se intensificar, com o primeiro-ministro centrista Sébastien Lecornu enfrentando desafios significativos após sua recente recondução ao cargo. O parlamento se prepara para debates orçamentários para 2026, que incluem ajustes fiscais e possíveis mudanças nas reformas da pensão de 2023, que já provocaram grandes manifestações.

A situação se complica com a proposta do Partido Socialista de implementar uma nova taxa de riqueza, conhecida como “Zucman tax”, que visa tributar em 2% as fortunas acima de €100 milhões. Essa medida afetaria apenas 0,01% dos contribuintes, mas busca gerar receitas significativas em um momento de crise. O líder do partido, Boris Vallaud, afirmou que essa é uma de suas principais batalhas, prometendo empenho total na defesa da proposta.

Desdobramentos no Parlamento

O primeiro teste de Lecornu ocorrerá com duas votações de moção de desconfiança, onde ele deve conseguir sobreviver, especialmente após o Partido Socialista decidir não participar da tentativa de derrubá-lo. Essa decisão foi influenciada por promessas de debates sobre o orçamento de 2026, que busca reduzir o déficit fiscal de 5,4% para 4,7% do PIB.

Os cortes propostos incluem mais de €30 bilhões em gastos, como reduções em isenções fiscais para empresas e novas taxas. Em troca do apoio do Partido Socialista, Lecornu concordou em suspender as controversas mudanças na idade de aposentadoria, que visavam aumentar a idade de 62 para 64 anos.

Perspectivas Econômicas

A “Zucman tax” poderia gerar até €20 bilhões anuais, embora economistas estimem que o valor real seja mais próximo de €5 bilhões. A medida enfrenta forte resistência dos centristas de Macron, que temem que a taxação possa levar os mais ricos a deixarem o país. Lecornu, embora tenha se oposto à proposta, indicou em seu discurso que consideraria uma taxa excepcional sobre grandes fortunas para compensar os custos da suspensão das reformas previdenciárias.

A situação no parlamento reflete um cenário de incerteza, onde os socialistas buscam capitalizar a fragilidade do governo para avançar suas propostas, enquanto Lecornu tenta estabilizar sua administração em meio a um ambiente político conturbado.

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