- Afastado do cargo, o prefeito de Riacho de Santana, João Vitor Laranjeira (PSD-BA), durante a sétima fase da Operação Overclean, realizada pela Polícia Federal na quinta-feira, 16.
- A investigação aponta desvio de emendas parlamentares, fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro, com possível ligação política ao deputado Dal Barreto (União-BA).
- Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Salvador, Wenceslau Guimarães (Bahia) e Arraial do Cabo (Rio de Janeiro); em Wenceslau Guimarães, o prefeito Gabriel de Parisio (MDB) também foi alvo.
- Dal Barreto negou participação e afirmou que as provas aparecerão no momento adequado; disse ter entregue o celular quando solicitado, em entrevista à TV Bahia.
- A atuação da PF contra desvio de emendas ganhou ritmo após ações do PSOL no Supremo Tribunal Federal; na quinta fase, ocorrida há três meses, houve bloqueio de R$ 85,7 milhões em bens e afastamento de um servidor, envolvendo políticos de PT, PSB e PDT.
O prefeito de Riacho de Santana, João Vitor Laranjeira (PSD-BA), foi afastado de seu cargo nesta quinta-feira (16) durante a sétima fase da Operação Overclean, da Polícia Federal. A operação investiga um esquema de desvio de emendas parlamentares e possíveis ligações políticas com o deputado Dal Barreto (União-BA), que foi alvo da operação na última terça-feira (14).
A PF afirma que a investigação envolve uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Além do afastamento de Laranjeira, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em cidades da Bahia, como Salvador e Wenceslau Guimarães, além de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Em Wenceslau Guimarães, o prefeito Gabriel de Parisio (MDB) também foi alvo de busca.
O deputado Dal Barreto negou qualquer participação nas irregularidades e afirmou que as provas aparecerão no momento certo. Ele se manifestou sobre a abordagem da PF, dizendo que entregou seu celular quando solicitado. “Não falei nada. Não me perguntaram nada”, disse em entrevista à TV Bahia.
As operações da PF contra desvio de emendas parlamentares se tornaram mais frequentes após uma ação do PSOL no STF, que gerou tensões com o Legislativo. Na quinta fase da operação, que ocorreu há três meses, foram bloqueados R$ 85,7 milhões em bens de pessoas físicas e jurídicas, além do afastamento de um servidor público. A investigação abrangeu políticos de diferentes partidos, incluindo o PT, PSB e PDT, evidenciando um padrão de corrupção em várias gestões na Bahia.