- Gilmar Mendes, ministro do STF, voltou a criticar a Lava Jato durante sessão na quarta-feira, 15 de outubro de 2025, chamando-a de organização criminosa; a fala levou Luiz Fux a deixar o plenário.
- Mendes citou mensagens entre integrantes do Ministério Público Federal e apontou irregularidades na gestão de recursos, incluindo um fundo administrado por procuradores de Curitiba, alegando tentativa de apropriação de verbas destinadas à recomposição de danos de atos ilícitos.
- Também criticou a destinação de valores obtidos em condenações na Justiça do Trabalho.
- O ministro comparou a gestão de recursos da Lava Jato a outras tentativas de desvio de verbas públicas, ironizando o comportamento de procuradores e mencionando uma “singularidade” no contexto, com articulações internacionais para compartilhar provas de forma ilegal.
- Citou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, dizendo que sua gestão foi de “triste memória” e reiterou que a Lava Jato violou princípios, com abusos de autoridade e desvios de dinheiro.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar a Operação Lava Jato durante uma sessão na quarta-feira, 15 de outubro. Mendes, que já havia se manifestado contra a operação em outras ocasiões, a classificou como uma organização criminosa. Sua fala provocou a saída do colega Luiz Fux do plenário, evidenciando a tensão entre os ministros.
Durante seu discurso, Mendes mencionou mensagens trocadas entre integrantes do Ministério Público Federal e apontou irregularidades na gestão de recursos, como um suposto fundo administrado por procuradores de Curitiba. O ministro enfatizou que houve tentativas de apropriação de verbas que deveriam ser destinadas à recomposição de danos de atos ilícitos. Ele criticou a falta de destinação adequada dos valores obtidos através de condenações na Justiça do Trabalho.
Críticas à Gestão de Recursos
Mendes também fez referência à gestão dos recursos da Lava Jato, comparando-a a outras tentativas de direcionamento indevido de verbas públicas. Ele ironizou o comportamento dos procuradores, afirmando que o Brasil produziu uma “singularidade” nesse contexto, referindo-se a uma figura caricata de combate à corrupção. O ministro ainda acusou os integrantes da operação de articulações internacionais para compartilhar provas de forma ilegal.
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não escapou das críticas. Mendes se referiu à sua gestão como de “triste memória” e reiterou que a Lava Jato violou princípios fundamentais, resultando em abusos de autoridade e desvios de dinheiro. Esse discurso se alinha ao histórico de Mendes, que já havia afirmado anteriormente que a operação se envolveu em irregularidades, lamentando os impactos negativos que causou.